Há onze anos atrás eu comecei a namorar o meu primeiro tudo. Já escrevi dele, o nome é
André.
Depois de três anos namorando eu enchi o saco da cara dele e meti o pé. Naquela época, o instinto de conhecer o mundo estava a todo vapor dentro de mim, me tentando a ser livre. E fui. Foi ótimo, até eu conhecer meu segundo ou terceiro namorado. E eu me dei conta que era difícil amar de verdade. Poxa, amor não é uma coisa só? Não, não é. Aquilo que eu sentia pelo André era amor, e eu não tava conseguindo entender porque daquela vez não era igual, se era amor do mesmo jeito.
Um dia eu estava triste e bêbada e de madrugada liguei pro André e perguntei porque eu não conseguia mais amar daquele jeito.
Ele disse que era porque a gente amava sem maldade, a gente não conhecia as coisas ruins, foi nosso primeiro amor, e era puro. Disse também que não ia mais ser assim com ninguém, que tinha acabado. Que ele namorava também e era diferente, ele sentia a mesma coisa que eu. Só que ele foi mais esperto e sacou esse lance de amor sem coisas feias. E eu fiquei aqueles anos todos pateta, sem saber de nada.
Os últimos quatro anos, eu amo e sou amada, e por algum motivo, o André sempre me vem a cabeça. Eu tenho um pouco de raiva dele, por ele ter me ensinado esse outro tipo de amor, e tento a todo custo sentir pelo meu, o que eu senti dos meus 18 aos 21 anos... Nothing.
Pois bem, foi ontem que eu o reencontrei. Casamento tem dessas coisas, a gente encontra pessoas e é vulnerável. Você não tem escolha, tem que ir. O problema foi que em nenhum momento eu pensei que ia o ver. Eu não lembrei, não passou pela minha cabeça, eu esqueci que éramos um grande e feliz grupo de amigos. Por sinal, os melhores do mundo. E me dei conta ali no altar. Eu não me preparei, eu simplesente esqueci.
Depois da cerimônia, ele fez uma festa do tamanho do mundo pros meus pais e meu irmão, como se não tivesse passado oito anos sem os ver. Era uma intimidade tão grande, que me bloqueou ainda mais. Era beijos na minha mãe, socos no meu irmão, tudo às gargalhadas. E eu longe, estática. Simplesmente não estava conseguindo lidar com a presença dele.
Fugi o quanto pude, até que quis terminar logo com aquilo e fui falar com ele e outros amigos, na hora certa em que estavam pessoas que eu ainda não tinha abraçado.
Ele me abraçou forte, me deu um beijo e disse que eu tava linda. Eu disse: "Obrigada."
Ele disse que eu chorei a cerimônia inteira. E eu entendi que ele prestou bastante atenção em mim.
Eu saí de perto. Mas ele não. Estava sempre perto, passava e apertava minha cintura.
Disse que sabia que eu tinha feito uma tatuagem, eu disse que não tinha, ele sabia até o que era, minha mãe tinha contado. Por que mães fazem essas coisas?
E eu não consegui mais. Fui tomar um ar e chorei. Estava longe da festa, do lado de fora da casa onde não tinha absolutamente ninguém e ele passou. Eu estava com o pai de uma amiga, ele estava fumando e eu roubei um cigarro dele. De repente, ele passa. O que aquela criatura estava fazendo ali?
Passou fingindo que estava no celular, tenho certeza que não estava. Acho que ele me viu saindo.
Chegou perto, pessou a mão na minha cabeça e eu ajeitei a gravata dele.
Meu tio levantou e saiu. Eu fiquei lá, chorando, pateta e com um copo de champanhe na mão.
Ele veio de novo. Perguntou porque eu tava chorando, eu disse que não era nada, que eu estava bem.
Pegou o meu rosto e me beijou. Um beijo de carinho, um estalinho demorado. Eu chorei mais.
Ele perguntou:
-Esse choro não tem nada a ver comigo não, né?
-Tem tudo a ver com você.
-Sério? Mas a gente está com outras pessoas, você não tem que ficar assim.
-Não tem nada a ver com você, André. Saí daqui.
-Você quer mesmo que eu saia?
-Quero. Sai daqui,
E ele saiu.
Eu levantei, fui curtir a festa e a champanhe, senti muita dor no coração e no pé.
domingo, 9 de dezembro de 2012
quarta-feira, 13 de junho de 2012
Desdenhando...
Eu a conheci e o nome dela é Letícia. Uma psicóloga!!! Fiquei com medo de ser uma guria e eu não conseguir abrir a boca, mas a verdade é que eu não consegui calar a boca e ficava rezando pro tempo passar bem devagar. Até que ela falou. Eu achei que eles eram mudos, mas não são.
Eu falei desenfradamente, e parei um pouco no assunto do Emílio. Nem achei que fosse falar dele, mas lá estava eu, detalhes por detalhes! Falei até do dia da locadora que ele disse que tinha um apartamento na Phili e eu pensei em absolutamente tudo, menos que ele estava me chamando pra morar com ele, e do dia da porta escura antes de entrar em casa, que ele disse: "You're gonna leave me. You suck." E eu fiquei muda. Esqueci de falar que uma vez uma mexicaninha disse que ele estava dando em cima dela pq trocou de camisa, e ele disse: "Eu tenho uma brasileira, pra que vou querer uma mexicana?". E então, depois que eu deixei essa história pra lá e falei sobre outras coisas, no finalzinho, ela me disse: "Você percebeu que você vai embora do amor? Quando o amor estava bem do seu lado, você desdenhou dele? Você só percebeu as coisas depois que você foi embora?". Rá! Por isso que ela é psicóloga e eu sou uma fudida.
Lá estava eu, falando de um assunto que eu achava que estava super bem resolvido.
Ela perguntou se eu era feliz com ele e eu não soube responder, fiquei gaguejando. Eu sabia que eu era feliz nos States, mas com ele especificamente, vai saber... Eu era. Eu era feliz, mas era agoniada porque ele era muito frio. Mas ele me divertia, e eu nem consigo mais me lembrar dos dias em que eu estava triste pelo jeito dele. Eu simplesmente não consigo mais me lembrar, só lembro dos momentos maravilhosos, como o deck de La Jolla, o zoo, o brazilian bar, meu Deus!! Como dançamos!! A dança das estrelas!!!! Quem mais faria a dança das estrelas depois de carregar o pijama? E eu não quero ir lá, voltar no tempo, fazer milagres, nada disso. Eu só estou feliz por ter tido um relacionamento feliz. A pena é que eu só percebi depois, e desdenhei do amor.
Eu falei desenfradamente, e parei um pouco no assunto do Emílio. Nem achei que fosse falar dele, mas lá estava eu, detalhes por detalhes! Falei até do dia da locadora que ele disse que tinha um apartamento na Phili e eu pensei em absolutamente tudo, menos que ele estava me chamando pra morar com ele, e do dia da porta escura antes de entrar em casa, que ele disse: "You're gonna leave me. You suck." E eu fiquei muda. Esqueci de falar que uma vez uma mexicaninha disse que ele estava dando em cima dela pq trocou de camisa, e ele disse: "Eu tenho uma brasileira, pra que vou querer uma mexicana?". E então, depois que eu deixei essa história pra lá e falei sobre outras coisas, no finalzinho, ela me disse: "Você percebeu que você vai embora do amor? Quando o amor estava bem do seu lado, você desdenhou dele? Você só percebeu as coisas depois que você foi embora?". Rá! Por isso que ela é psicóloga e eu sou uma fudida.
Lá estava eu, falando de um assunto que eu achava que estava super bem resolvido.
Ela perguntou se eu era feliz com ele e eu não soube responder, fiquei gaguejando. Eu sabia que eu era feliz nos States, mas com ele especificamente, vai saber... Eu era. Eu era feliz, mas era agoniada porque ele era muito frio. Mas ele me divertia, e eu nem consigo mais me lembrar dos dias em que eu estava triste pelo jeito dele. Eu simplesmente não consigo mais me lembrar, só lembro dos momentos maravilhosos, como o deck de La Jolla, o zoo, o brazilian bar, meu Deus!! Como dançamos!! A dança das estrelas!!!! Quem mais faria a dança das estrelas depois de carregar o pijama? E eu não quero ir lá, voltar no tempo, fazer milagres, nada disso. Eu só estou feliz por ter tido um relacionamento feliz. A pena é que eu só percebi depois, e desdenhei do amor.
quinta-feira, 1 de março de 2012
FUCK DIG
VAI SE FUDER!!!!!! Entendeu bem? Entendeu direitinho?
Vai se fuder!!!!!!
Eu odeio você! Eu odeio tudo o que me lembra você, eu odeio qualquer merda relacionada a você!
Vai se fuder, quantas vezes mesmo eu preciso dizer isso?
Eu odeio você, eu ODEIO você.
Dinamarquezinho de merda.
Vai se fuder!!!!!!
Eu odeio você! Eu odeio tudo o que me lembra você, eu odeio qualquer merda relacionada a você!
Vai se fuder, quantas vezes mesmo eu preciso dizer isso?
Eu odeio você, eu ODEIO você.
Dinamarquezinho de merda.
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
Três carnavais.
Chegou de drama, viu?
Acabou a festa, o fingimento, acabou a ceninha, valeu?
Passado todo esse seu ataquezinho de araque, você vai me ouvir.
Passaram três carnavais, Vinicius, três! Já deu, né?
No primeiro, você me ligou trezentas vezes e eu não fui. N-ã-o f-u-i e acabou. Não fui, ué.
Você, por acaso, foi todas as vezes que eu chamei?
Tá bom, eu nunca te chamei, quer dizer, não que eu tenha percebido, mas eu quis. Custava você entender que eu queria? Precisava desenhar?
Então, meu bem, meu amor, meu lindo amor de carnaval, eu queria ouvir você. Pode ser por carta, telefone, e-mail, notícia de jornal, mas eu queria. De qualquer maneira, sabe, reviver pelo menos em palavras aquele dia que foi tão inesquecível, tão... sei lá, tão iogurte na geladeira, tão dinheiro pra voltar de taxi, tão me liga quando chegar.
Tão tudo. Tão telefone tocando quando eu acordei, tão noite em claro apaixonados, tão Carnaval em Salvador... Tão a gente.
A gente... sentados na calçada com o dia claro, tomando cerveja, eu tirando míseros cinco reais pra pagar a nossa e você bem chateado por eu ter pensando em pagar aquelas cervejas.... Uma implicância só.... Eu dizia que ia te jogar no bloco dos gays se você me irritasse mais um tantinho e você perguntando se meus pelos do braço eram mesmo loirinhos daquele jeito... Você me chamou de gordinha!!! E disse que eu era linda mais de mil vezes.
Mas uma das coisas mais lindas que já disseram foi aquilo. Alguém disse que sua namorada era mais bonita e você disse: Mas eu gosto dela.
Um dia. Tanta importância. Será que eu sonhei?
Então, querido, vamos conversar?
Vamos nos entender?
Me deixa mentir mais uma vez, jurar amor eterno e virar as costas no dia seguinte, como em todas as vezes?
Me deixa, colabore com minha fantasia de te ter de novo.
Por favor?
Acabou a festa, o fingimento, acabou a ceninha, valeu?
Passado todo esse seu ataquezinho de araque, você vai me ouvir.
Passaram três carnavais, Vinicius, três! Já deu, né?
No primeiro, você me ligou trezentas vezes e eu não fui. N-ã-o f-u-i e acabou. Não fui, ué.
Você, por acaso, foi todas as vezes que eu chamei?
Tá bom, eu nunca te chamei, quer dizer, não que eu tenha percebido, mas eu quis. Custava você entender que eu queria? Precisava desenhar?
Então, meu bem, meu amor, meu lindo amor de carnaval, eu queria ouvir você. Pode ser por carta, telefone, e-mail, notícia de jornal, mas eu queria. De qualquer maneira, sabe, reviver pelo menos em palavras aquele dia que foi tão inesquecível, tão... sei lá, tão iogurte na geladeira, tão dinheiro pra voltar de taxi, tão me liga quando chegar.
Tão tudo. Tão telefone tocando quando eu acordei, tão noite em claro apaixonados, tão Carnaval em Salvador... Tão a gente.
A gente... sentados na calçada com o dia claro, tomando cerveja, eu tirando míseros cinco reais pra pagar a nossa e você bem chateado por eu ter pensando em pagar aquelas cervejas.... Uma implicância só.... Eu dizia que ia te jogar no bloco dos gays se você me irritasse mais um tantinho e você perguntando se meus pelos do braço eram mesmo loirinhos daquele jeito... Você me chamou de gordinha!!! E disse que eu era linda mais de mil vezes.
Mas uma das coisas mais lindas que já disseram foi aquilo. Alguém disse que sua namorada era mais bonita e você disse: Mas eu gosto dela.
Um dia. Tanta importância. Será que eu sonhei?
Então, querido, vamos conversar?
Vamos nos entender?
Me deixa mentir mais uma vez, jurar amor eterno e virar as costas no dia seguinte, como em todas as vezes?
Me deixa, colabore com minha fantasia de te ter de novo.
Por favor?
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
I had fun.
Meu psicológico é o maior barato, super esperto e econômico! Sabendo ele que não é a coisa mais fácil pegar um avião e encontrar meus amores que deixei perdidos pelo mundo, ele resolve tudinho inconscientemente. Mais uma vez é o mundo moderno batendo em minha porta.
Depois do Morten, veio o Shato! Sim, foi em sonho que eu dei outro ponto final na nossa relação, que no final das contas não ficou tão abalada. Eu paguei na mesma moeda e me senti um pouco assim... vingada. Mas a história de Ny ficou um pouco mal resolvida... Eu tava nervosa quando liguei pra ele dizendo que estava lá e ele me mandou ligar de novo (estava num jogo de futebol americano), que deixaria cair na caixa postal pra eu gravar uma mensagem com o telefone do alberque, que ele me ligaria. Pois bem, não liguei, saí correndo e fui pro mais longe possível do orelhão e fiquei olhando pra ele, como se fosse o maior dos monstros venenosos que queria me pegar. Done.
E essa noite eu sonhei com o Shatinho e o Jon, meu queridíssimo amigo foférrimo que eu adoro! Estávamos juntos, ele estava mais novo, foi o máximo! Fomos no Souplantatios ( restaurante que trabalhamos juntos), e lá eu reencontrei algumas pessoas, até o Izzy! Ele estava magro e loiro, o oposto das fotos atuais! Algumas pessoas não estavam, mas eu mandei lembranças! E estávamos esperando Jon sair, para ir na casa de um amigo dele pra encher a cara. Eu dizia pra ele: I feel like drink with you and be all drunk until 5am! E Jon vibrava! Shato me abraçava e eu achava um saco, pegajoso e sei lá... e nada a ver com a gente de antes!
Uhuu! Me resolvi com mais um na minha vida!
Pelas minhas contas, deixa eu ver...
Faltam 587.
Depois do Morten, veio o Shato! Sim, foi em sonho que eu dei outro ponto final na nossa relação, que no final das contas não ficou tão abalada. Eu paguei na mesma moeda e me senti um pouco assim... vingada. Mas a história de Ny ficou um pouco mal resolvida... Eu tava nervosa quando liguei pra ele dizendo que estava lá e ele me mandou ligar de novo (estava num jogo de futebol americano), que deixaria cair na caixa postal pra eu gravar uma mensagem com o telefone do alberque, que ele me ligaria. Pois bem, não liguei, saí correndo e fui pro mais longe possível do orelhão e fiquei olhando pra ele, como se fosse o maior dos monstros venenosos que queria me pegar. Done.
E essa noite eu sonhei com o Shatinho e o Jon, meu queridíssimo amigo foférrimo que eu adoro! Estávamos juntos, ele estava mais novo, foi o máximo! Fomos no Souplantatios ( restaurante que trabalhamos juntos), e lá eu reencontrei algumas pessoas, até o Izzy! Ele estava magro e loiro, o oposto das fotos atuais! Algumas pessoas não estavam, mas eu mandei lembranças! E estávamos esperando Jon sair, para ir na casa de um amigo dele pra encher a cara. Eu dizia pra ele: I feel like drink with you and be all drunk until 5am! E Jon vibrava! Shato me abraçava e eu achava um saco, pegajoso e sei lá... e nada a ver com a gente de antes!
Uhuu! Me resolvi com mais um na minha vida!
Pelas minhas contas, deixa eu ver...
Faltam 587.
domingo, 29 de janeiro de 2012
Papel da vida real
Aff, mais uma vez que eu pego o papel e a caneta pra escrever sem saber sequer o motivo da vontade. Acho que nem vontade tem.
Sei lá, outro dia eu tava na cama, entregue e me lembrei de alguém que me comeu um dia só e se tornou eterno. Pensei: Puta merda, queria poder contratar os serviços tipo uma vez por mês, pra me dar aquela surra, dizer que me ama e não consegue mais viver sem mim e meter o pé.
Sério, ouvir um otário te dizer que largaria a vida por você é o que há! Você dá aquele sorrisinho maroto, cheia de sacanagem e dengo e pronto, tá lá, um idiota te olhando com cara de bobo.
Já tive vários deles, para cada um criei um personagem diferente.
Teve aquele safado, que fudeu com minha vida, pq saiu falando pros outros que me pegou, quis tirar uma onda errada, se fudeu e me fudeu junto. Mas ele era delicioso! Com ele eu encarnei o personagem da sacana, parceira e maconheira. Delícia mesmo, a gente fumava, bebia umas Heinekens, ficava louco e ouvia Caetano dentro do carro.
Pra outro eu era a fofa, um doce em forma de menina. Esse eu interpreto muito bem até as primeiras cervejas, na moral, eu já tenho cara de fofa, me visto as vezes de menina, aí é tiro e queda. Arranjo um abestalhado que me chama de princesinha, dizendo que sou toda meiguina e toma-lhe na fuça depois. Um deles eu deixei num cantinho e fui ao banheiro, me peguei com outro e fui pega no flagra. Terminei bêbada, de joelhos pedindo desculpas. Me apaixono fácil.
Outro papel, que me confunde com a vida real é o de louca. Prometo mundos e fundos, e tenho certeza absoluta que vou cumprir. Esse é o pior de todos, pq até eu acredito em mim.
Aí eu não sei se essa sou eu mesmo. Queria acreditar que não, porquê aí me torno réu confessa.
Sei lá que porra é essa que eu tenho de querer brincar de viver, pra se ter uma idéia, eu não acredito até agora que tenho 28 anos. Isso me atormenta, me deixa furiosa, enlouquecida e acho a maior das injustiças!!!
Eu acho o cúmulo, o fim da picada eu ter responsabilidades. Meu Deus! Como me deixaram ter um carro?
É muita loucura isso que a vida tá fazendo comigo.
Pensar que 28 é quase 30, é depressão na certa. É eu pensar nisso, que ativa um botão automático de curtir a vida e toda aquela lista de merdas que eu amo fazer caem, como se fosse uma daquelas cartas de antigamente enormes, que quando são abertas, rolam pelo chão e formam um tapete.
Aquilo é pouco para tudo o que eu tenho vontade de fazer.
É de enlouquecer. Sério. Do que eu preciso? Psicólogo, psiquiatra, é o que isso? Síndrome do Peter Pan?
Alguém mais é assim, Meu Deus?
Vou surtar até os 30, com certeza. E nesse dia, vou colocar uma roupa toda branca e sair pela rua, andando sem rumo, até a eternidade, nunca mais volto, vão dizer que me viram em vários lugares, vagando, vagando...
Será que alguém me ajuda, antes de eu chegar a esse ponto?
Na moral?
Sei lá, outro dia eu tava na cama, entregue e me lembrei de alguém que me comeu um dia só e se tornou eterno. Pensei: Puta merda, queria poder contratar os serviços tipo uma vez por mês, pra me dar aquela surra, dizer que me ama e não consegue mais viver sem mim e meter o pé.
Sério, ouvir um otário te dizer que largaria a vida por você é o que há! Você dá aquele sorrisinho maroto, cheia de sacanagem e dengo e pronto, tá lá, um idiota te olhando com cara de bobo.
Já tive vários deles, para cada um criei um personagem diferente.
Teve aquele safado, que fudeu com minha vida, pq saiu falando pros outros que me pegou, quis tirar uma onda errada, se fudeu e me fudeu junto. Mas ele era delicioso! Com ele eu encarnei o personagem da sacana, parceira e maconheira. Delícia mesmo, a gente fumava, bebia umas Heinekens, ficava louco e ouvia Caetano dentro do carro.
Pra outro eu era a fofa, um doce em forma de menina. Esse eu interpreto muito bem até as primeiras cervejas, na moral, eu já tenho cara de fofa, me visto as vezes de menina, aí é tiro e queda. Arranjo um abestalhado que me chama de princesinha, dizendo que sou toda meiguina e toma-lhe na fuça depois. Um deles eu deixei num cantinho e fui ao banheiro, me peguei com outro e fui pega no flagra. Terminei bêbada, de joelhos pedindo desculpas. Me apaixono fácil.
Outro papel, que me confunde com a vida real é o de louca. Prometo mundos e fundos, e tenho certeza absoluta que vou cumprir. Esse é o pior de todos, pq até eu acredito em mim.
Aí eu não sei se essa sou eu mesmo. Queria acreditar que não, porquê aí me torno réu confessa.
Sei lá que porra é essa que eu tenho de querer brincar de viver, pra se ter uma idéia, eu não acredito até agora que tenho 28 anos. Isso me atormenta, me deixa furiosa, enlouquecida e acho a maior das injustiças!!!
Eu acho o cúmulo, o fim da picada eu ter responsabilidades. Meu Deus! Como me deixaram ter um carro?
É muita loucura isso que a vida tá fazendo comigo.
Pensar que 28 é quase 30, é depressão na certa. É eu pensar nisso, que ativa um botão automático de curtir a vida e toda aquela lista de merdas que eu amo fazer caem, como se fosse uma daquelas cartas de antigamente enormes, que quando são abertas, rolam pelo chão e formam um tapete.
Aquilo é pouco para tudo o que eu tenho vontade de fazer.
É de enlouquecer. Sério. Do que eu preciso? Psicólogo, psiquiatra, é o que isso? Síndrome do Peter Pan?
Alguém mais é assim, Meu Deus?
Vou surtar até os 30, com certeza. E nesse dia, vou colocar uma roupa toda branca e sair pela rua, andando sem rumo, até a eternidade, nunca mais volto, vão dizer que me viram em vários lugares, vagando, vagando...
Será que alguém me ajuda, antes de eu chegar a esse ponto?
Na moral?
sábado, 28 de janeiro de 2012
Falaê Bruninho!
Opa! Beleza?
Então, foi bacana ter te conhecido no samba. Você com sua mecha de cabelo branca. Achei um pouco feio, meio barrigudinho também, mas é incrível como as pessoas mudam quando abrem a boca.
Você foi sensacional, do início ao fim. Gostei de te conhecer, adorei na verdade. A medida que eu ia botando cerveja pra dentro, eu me encantava mais com você. Mas isso eu só percebi beeeem depois.
Bem depois mesmo, quando recebi aquela mensagem.
Você não me deu a mínima bola, nem eu, na verdade, só percebi que dei, uns vinte dias depois.
Ou você me deu?
Quando disse que me colocaria pra ser comissária quando eu quisesse, e pediu meu telefone quando viesse pra cá, era um mole? Também nem me importei, você sabia que eu era casada. Mas botou uma pilha errada que só pra eu voltar, não foi?
Quando entrei no carro com meu amigo, disse pra ele: "Achei o homem da minha vida. Tenho certeza."
Ele ficou impressionado. Depois quando a cachaça passou e ele me lembrou disso, eu disse que tava de sacanagem. Ok, passou. Agora eu sei controlar meus pensamentos e tá tudo certo.
Até aquela mensagem, né? " Tô com o Bruninho na praia e estamos falando sobre você."
Valeu, hein. Brigadão mesmo.
Então, foi bacana ter te conhecido no samba. Você com sua mecha de cabelo branca. Achei um pouco feio, meio barrigudinho também, mas é incrível como as pessoas mudam quando abrem a boca.
Você foi sensacional, do início ao fim. Gostei de te conhecer, adorei na verdade. A medida que eu ia botando cerveja pra dentro, eu me encantava mais com você. Mas isso eu só percebi beeeem depois.
Bem depois mesmo, quando recebi aquela mensagem.
Você não me deu a mínima bola, nem eu, na verdade, só percebi que dei, uns vinte dias depois.
Ou você me deu?
Quando disse que me colocaria pra ser comissária quando eu quisesse, e pediu meu telefone quando viesse pra cá, era um mole? Também nem me importei, você sabia que eu era casada. Mas botou uma pilha errada que só pra eu voltar, não foi?
Quando entrei no carro com meu amigo, disse pra ele: "Achei o homem da minha vida. Tenho certeza."
Ele ficou impressionado. Depois quando a cachaça passou e ele me lembrou disso, eu disse que tava de sacanagem. Ok, passou. Agora eu sei controlar meus pensamentos e tá tudo certo.
Até aquela mensagem, né? " Tô com o Bruninho na praia e estamos falando sobre você."
Valeu, hein. Brigadão mesmo.
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Um ponto final.
Quando eu te vi pelo vidro da loja, nem o reconheci direito. Primeiro eu olhei pros outros rapazes, nenhum com a sua carinha, depois eu reconheci seu rosto, mas não te reconheci. Estava mais gordinho, bem mais, com uma barba mal feita e usando aparelho. Mas era você. Não dava pra negar quando olhei praqueles olhos. Fiquei olhando pelo vidro, você com a camisa polo branca e calça jeans. Eu estava muito nervosa, muito mesmo. Estávamos no Brasil, e você trabalhava numa loja no terraço de um Shopping. Uma amiga te viu e eu fui até lá pra ver se era verdade.
Esperei o seu horário de almoço. Quando saiu, eu perguntei em português se seu nome era Morten. Você logo fechou a cara, um pouco sem paciência. Eu comecei a chorar, te segurei pelos braços e pedi uma explicação de porquê você não me respondeu todos esses anos. Você não queria dizer.
- Me diz, por favor, o que foi que eu te fiz?
Me passaram várias coisas pela cabeça, a primeira foi você ter visto uma foto minha com o menino que eu namorei nos Estados Unidos alguns meses depois de você ter ido embora. Mas era impossível. Você estava sem paciência, e me tratando como se eu fosse uma chata. Isso estava me matando, eu sabia que estava sendo chata, mas precisava de uma resposta depois de tanto tempo.
- Me deixa sair - e revirava os olhos.
Eu insiti e até que você falou. Disse que não gostava do meu jeito, que eu debochava das pessoas, que eu ria da garçonete de um restaurante dos Eua e que me viu rindo da menina da loja ao lado.
Eu li nos olhos dele que aquela era um mentira tremenda. E eu disse:
- Você está mentindo!!! Você não quer me falar a verdade!
Você inventou qualquer desculpa pra não dizer que era porquê havia ficado completamente louco por mim e não queria sofrer.
Disse que já havia me visto há muito tempo do lado de fora da loja.
Acalmamos, fomos fumar um cigarro no terraço do prédio. Eu perguntei como estavam seus pais e sua irmã , você disse que estavam bem, me contou que estudava português há 13 anos, mas que morava no Brasil há 6, por isso que falava sem sotaque.
Eu sentei no degrau debaixo e você no de cima, estava um pouco empoeirado e eu apoiei minha mão no seu joelho e ficamos calados fumando e curtindo o momento. Você nem fumava, era um bebê, que até brigava comigo quando eu mandava um "fuck!". E estava lá, bem rebelde.
Depois, voltamos pra dentro do shopping, e você estava mais alegre. Me abraçava forte, e a gente brincava. Você falou: Dá até vontade de te dar um beijo, e encostou a boca na minha rindo, me abraçando e me empurrando pra trás. E eu fechei a boca, rindo bastante também e disse: Não quero, não quero!
E assim, eu acordei.
Está tudo resolvido agora, não está? Finalmente nos reencontramos. Conversamos e vimos que crescemos, estamos bem diferentes, não existe nada nem parecido com amor, paixão ou qualquer coisa. Ficou um carinho dos momentos que passamos juntos, nada mais normal.
Agora, eu, tranquilamente, te apaguei das minhas palavras e pensamentos.
Um ponto final, depois de sete anos.
Esperei o seu horário de almoço. Quando saiu, eu perguntei em português se seu nome era Morten. Você logo fechou a cara, um pouco sem paciência. Eu comecei a chorar, te segurei pelos braços e pedi uma explicação de porquê você não me respondeu todos esses anos. Você não queria dizer.
- Me diz, por favor, o que foi que eu te fiz?
Me passaram várias coisas pela cabeça, a primeira foi você ter visto uma foto minha com o menino que eu namorei nos Estados Unidos alguns meses depois de você ter ido embora. Mas era impossível. Você estava sem paciência, e me tratando como se eu fosse uma chata. Isso estava me matando, eu sabia que estava sendo chata, mas precisava de uma resposta depois de tanto tempo.
- Me deixa sair - e revirava os olhos.
Eu insiti e até que você falou. Disse que não gostava do meu jeito, que eu debochava das pessoas, que eu ria da garçonete de um restaurante dos Eua e que me viu rindo da menina da loja ao lado.
Eu li nos olhos dele que aquela era um mentira tremenda. E eu disse:
- Você está mentindo!!! Você não quer me falar a verdade!
Você inventou qualquer desculpa pra não dizer que era porquê havia ficado completamente louco por mim e não queria sofrer.
Disse que já havia me visto há muito tempo do lado de fora da loja.
Acalmamos, fomos fumar um cigarro no terraço do prédio. Eu perguntei como estavam seus pais e sua irmã , você disse que estavam bem, me contou que estudava português há 13 anos, mas que morava no Brasil há 6, por isso que falava sem sotaque.
Eu sentei no degrau debaixo e você no de cima, estava um pouco empoeirado e eu apoiei minha mão no seu joelho e ficamos calados fumando e curtindo o momento. Você nem fumava, era um bebê, que até brigava comigo quando eu mandava um "fuck!". E estava lá, bem rebelde.
Depois, voltamos pra dentro do shopping, e você estava mais alegre. Me abraçava forte, e a gente brincava. Você falou: Dá até vontade de te dar um beijo, e encostou a boca na minha rindo, me abraçando e me empurrando pra trás. E eu fechei a boca, rindo bastante também e disse: Não quero, não quero!
E assim, eu acordei.
Está tudo resolvido agora, não está? Finalmente nos reencontramos. Conversamos e vimos que crescemos, estamos bem diferentes, não existe nada nem parecido com amor, paixão ou qualquer coisa. Ficou um carinho dos momentos que passamos juntos, nada mais normal.
Agora, eu, tranquilamente, te apaguei das minhas palavras e pensamentos.
Um ponto final, depois de sete anos.
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
Sacanagem....
Pois bem, eu fiquei trêbada como o de costume na festa que eu fui.
Tinha um cantor lá. Ele deu em cima de mim enquanto eu estava tentando evitar que eu terminasse a noite abraçada ao vaso sanitário. Fui beber água porquê eu tive um pingo de juízo e me dei conta do estrago que eu poderia causar com mais um gole de cerveja. Era a segunda vez que eu o via, na primeira ele cantou olhando pra mim e eu me fiz de idiota.
O cantor também teve um pingo de juízo e foi beber água. Alguma coisa ele falou, mas eu não tenho a mínima idéia, a única coisa que eu me lembro foi de ter me segurando MUITO pra ficar na minha e não ter conseguido. Sendo assim, eu me lembro da minha voz manhosa o chamando de "cantoooor" e o coração na mão com medo de alguém estar vendo. Eu dizia alguma coisa e terminava em : "cantooor, cantoooor", como quem diz: Cuidado com o que está falando... Beeem melosa, como só eu sei ser quando estou bêbada.
Eu sei que gostei de ouvir o que ele me falou, mas alguma idéia do que era eu não tenho, e muito menos do que eu falei, o que é um grande perigo que ameaça minhas cotas de 2012.
Moral da história: Recebo uma mensagem de algum desconhecido com os seguintes dizeres:
"Menina, garota, moleca, criança, traquina, sorriso, astral, alegria, adrenalina.....você. FELIZ 2012."
Alguma dúvida de quem era?
Sou mesmo uma fudida. Jurei que ia me comportar e olha eu aí minha gente, já criando a primeira polêmica de 2012, logo nos primeiros minutos do ano.
Viva minha falta de escrúpulos mais uma vez.
(PS: Que mensagem DELICIOSA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Acho que ninguém me descreveu de uma forma tão gostosa... E olha que ele me viu duas vezes na vida.)
Tinha um cantor lá. Ele deu em cima de mim enquanto eu estava tentando evitar que eu terminasse a noite abraçada ao vaso sanitário. Fui beber água porquê eu tive um pingo de juízo e me dei conta do estrago que eu poderia causar com mais um gole de cerveja. Era a segunda vez que eu o via, na primeira ele cantou olhando pra mim e eu me fiz de idiota.
O cantor também teve um pingo de juízo e foi beber água. Alguma coisa ele falou, mas eu não tenho a mínima idéia, a única coisa que eu me lembro foi de ter me segurando MUITO pra ficar na minha e não ter conseguido. Sendo assim, eu me lembro da minha voz manhosa o chamando de "cantoooor" e o coração na mão com medo de alguém estar vendo. Eu dizia alguma coisa e terminava em : "cantooor, cantoooor", como quem diz: Cuidado com o que está falando... Beeem melosa, como só eu sei ser quando estou bêbada.
Eu sei que gostei de ouvir o que ele me falou, mas alguma idéia do que era eu não tenho, e muito menos do que eu falei, o que é um grande perigo que ameaça minhas cotas de 2012.
Moral da história: Recebo uma mensagem de algum desconhecido com os seguintes dizeres:
"Menina, garota, moleca, criança, traquina, sorriso, astral, alegria, adrenalina.....você. FELIZ 2012."
Alguma dúvida de quem era?
Sou mesmo uma fudida. Jurei que ia me comportar e olha eu aí minha gente, já criando a primeira polêmica de 2012, logo nos primeiros minutos do ano.
Viva minha falta de escrúpulos mais uma vez.
(PS: Que mensagem DELICIOSA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Acho que ninguém me descreveu de uma forma tão gostosa... E olha que ele me viu duas vezes na vida.)
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