terça-feira, 20 de outubro de 2015

Não sei bem definir o que eu to sentindo desse jeito calmo. Diferente do começo.
No começo eu era puro impulso, e lá se iam conversas, e inúmeras tentativas fracassadas devido à boas noites de cerveja, que fizeram o favor de afastar qualquer vontade inventada de querer ficar longe de você. Você sempre foi calma. Eu era o "não podemos fazer isso" e você era o "mas eu não consigo ficar longe de você." Você era tudo, tudinho aquilo que eu queria pra mim. Eu achava q era pelo fato de não podermos ficar juntos, eu achava mesmo. Me perguntavam: e se ele quiser ficar com você?
Eu tremia na base. Falava para que ele, pelo amor de Deus, não quisesse uma barbaridade dessa.
Hoje eu mesma me pergunto e respondo com calma: eu seria feliz com ele, eu acho.
Fiquei pensando no que nos faria brigar... E ainda não achei algo. Mas acharia com prazer.
Eu, irritantemente, não consigo decifrar nada que se passa aqui dentro. Sei que é estranho! Ô coisa estranha.
É uma vontade sem tamanho de estar junto, o tempo inteiro, um encantamento cada vez que ele me fala algo do trabalho, uma felicidade cada vez que ele ri olhando pra mim, um sentimento indecifrável quando ele me da beijinho de esquimó, um coração batendo no corpo inteiro quando ele me abraça e me enche de beijos. Uma saudade quando ele vai embora, um vazio nos finais de semana e uma vontade anulada de olhar pra qualquer outra criatura que existe no mundo.
Isso é o pior, é sem duvida a pior parte de tudo isso. Eu não consigo mais beijar outra boca.
Sentir outro corpo me parece crime inafiançável. Sem chances, sem a menor possibilidade. Só ele. Ele. Ele. Socorro, nem pensar, só de imaginar já me embrulha o estômago.
Do meu lado só ele.
11 de setembro

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