terça-feira, 20 de outubro de 2015

Um inferno isso.
Eu estou no aeroporto e você me manda mensagem me chamando para um chopp.
Eu digo que estou indo pro Sul.
Você me manda uma mensagem com o coração partido.
Eu finjo que não ligo e mando uma sorrindo.
Eu viajo final de semana e sonho com você as duas noites.
Eu chego de viagem, finjo que não to nem aí e não falo com você quando chego.
Vamos almoçar e eu finjo estar cansada.
Você me espera pra ir embora e conversamos um pouco.
Um pouco até eu dizer que tenho que ir pra casa.
Eu chego em casa e fico com o celular na mão esperando pra ver se você entendeu que eu estava desesperada de saudade.
Que eu deixaria de viajar se soubesse que você ia querer sair comigo.
E você não manda mensagem.
Eu acho que é porque você não tem vontade.
Se tivesse, mandaria.
Eu acho que você não liga se eu não falei com você direito, que pouco se importa, não faz diferença.
Se você me mandasse uma mensagem agora perguntando porque eu estava pra baixo hoje, eu responderia, mas só se mandasse mensagem agora, eu seria sincera, sincera como nunca fui com você.
Eu diria que eu não queria te ver casar, e que eu penso nisso mil vezes por dia, e que todas as vezes que eu penso, eu tenho tanta vontade de chorar, que logo tenho que inventar alguma coisa pra pensar, pra enganar as lágrimas.
E que era por isso, porque eu estava com tanta saudade de você, que só de te olhar eu pensava que eu ia te perder um dia.
E pensar nisso, me arrasa.
19 de outubro 

Eu te amo

Eu te amo, eu te amo, eu te amo.
Quantas vezes eu preciso dizer?
Nenhuma, não é?
Você sabia desde o começo.
Pela sua resposta eu notei.
"Eu também te amo. Muito."
Eu te amo. Muito.
Amo muito.
Muito quanto?
Muito, muito.
Eu também te amo muito. Só não falei.
Mas eu amo muito.
Muito, muito.
26 de setembro
Eu percebi mesmo dessa vez. Quer dizer, percebi não, aceitei.
Ta bom! Eu aceito, eu concordo:
Você gosta de mim.
Eu poderia ter assumido antes quando, no taxi, você colocava a mão na minha perna e me dava um beijo na cabeça, ou quando você me abraçava forte e enchia meu rosto de beijos quando estávamos deitados, ou mesmo quando fazíamos amor a noite inteira sem cansar. Podia ter aceitado quando, no dia que eu chorei, você beijou cada lágrima que escorria no meu rosto, ou quando você colocou queijo ralado no meu macarrão. Ou então no dia do meu aniversario que você me encostou na parede a meia noite e, no meio de tantos beijos, você sussurrou um "parabéns", podia ter sido também, no seu aniversario quando, no auge da nossa noite de amor, você perguntou: casa comigo?
Mas eu percebi ontem, exatamente ontem quando, depois de tanta confusão e três semanas longe, você me chamou pra almoçar e na volta, dentro do elevador, me puxou bem de leve e encostou a boca forte na minha testa, num beijo demorado, pra depois dar um monte de beijo bem de levinho sem falar nada.
Eu aceitei ontem, numa tarde qualquer, por 20 segundos, dentro de um elevador.
 22 de setembro 
Não sei bem definir o que eu to sentindo desse jeito calmo. Diferente do começo.
No começo eu era puro impulso, e lá se iam conversas, e inúmeras tentativas fracassadas devido à boas noites de cerveja, que fizeram o favor de afastar qualquer vontade inventada de querer ficar longe de você. Você sempre foi calma. Eu era o "não podemos fazer isso" e você era o "mas eu não consigo ficar longe de você." Você era tudo, tudinho aquilo que eu queria pra mim. Eu achava q era pelo fato de não podermos ficar juntos, eu achava mesmo. Me perguntavam: e se ele quiser ficar com você?
Eu tremia na base. Falava para que ele, pelo amor de Deus, não quisesse uma barbaridade dessa.
Hoje eu mesma me pergunto e respondo com calma: eu seria feliz com ele, eu acho.
Fiquei pensando no que nos faria brigar... E ainda não achei algo. Mas acharia com prazer.
Eu, irritantemente, não consigo decifrar nada que se passa aqui dentro. Sei que é estranho! Ô coisa estranha.
É uma vontade sem tamanho de estar junto, o tempo inteiro, um encantamento cada vez que ele me fala algo do trabalho, uma felicidade cada vez que ele ri olhando pra mim, um sentimento indecifrável quando ele me da beijinho de esquimó, um coração batendo no corpo inteiro quando ele me abraça e me enche de beijos. Uma saudade quando ele vai embora, um vazio nos finais de semana e uma vontade anulada de olhar pra qualquer outra criatura que existe no mundo.
Isso é o pior, é sem duvida a pior parte de tudo isso. Eu não consigo mais beijar outra boca.
Sentir outro corpo me parece crime inafiançável. Sem chances, sem a menor possibilidade. Só ele. Ele. Ele. Socorro, nem pensar, só de imaginar já me embrulha o estômago.
Do meu lado só ele.
11 de setembro

Seu aniversario

Ontem foi o seu aniversario.
Antes de meia noite estávamos juntos pra iniciar o seu dia do melhor jeito que a gente sabe fazer.
Ontem foi o seu aniversário e acordamos mais juntos ainda...
Seria mais um dia como os outros nossos dias não fosse o fato de, na noite anterior, ter sido o meu aniversario e por antes da meia noite estarmos juntos pra iniciar o meu dia do melhor jeito que a gente sabe fazer.
No dia do seu aniversario, passamos a noite inteira embolados e no meio de tantos sentimentos, você me perguntou: "Casa comigo?" Eu ficaria confusa se não houvessem tantos sentimentos à flor da pele quando você está dentro de mim e me arrepia inteira. Mas com tudo o que a gente sente quando estamos juntos, não teve confusão nenhuma:
"Claro que eu caso".
29 de agosto

Meu aniversario

Hoje é o meu aniversario.
Meu aniversario começou ontem quando você quis se juntar a gente para a cerveja pós preparação da reunião...
Meu aniversario começou quando o vendedor ambulante de uns chaveiros bregas veio nos vender e disse que nós éramos uma casal lindo.
Começou mesmo, sabe quando? Quando você disse q gostou da minha calça e eu quase briguei, dizendo que finalmente, finaaaalmente, você 😍notou na minha calça que eu já tinha usado três vezes antes e você não reparou. Você disse q reparou sim, todas as vezes.
Começou quando você me puxou para um beijo.
Acho que começou mesmo quando você disse que tinha... que tinha ciúme, sim.
Meu aniversario começou quando eu voltei do banheiro e você disse q era meia noite e quarenta e alguma coisa.
Eu briguei, como você ia me dar parabéns se você não sabia o "alguma coisa"?
Meu aniversario começou quando você me levantou da cadeira do bar e me encostou na parece.
Começou quando você me beijou e beijou e beijou e beijou até dar meia noite e você dizer sussurrando: parabéns.
Meu aniversario começou sem ar.
Começou abafada de beijos e batimentos cardíacos que não me deixaram responder um simples "obrigada" pelos próximos minutos.
Meu aniversario começou ali, quando eu fiquei sufocada do melhor sentimento que eu podia ter.
E no meio dele, a gente morreu de rir, fechamos o bar, no meio do centro da cidade, fizemos marcas de coração no chão, eu te chamei de amor e me senti a pessoa mais feliz do mundo por ter iniciado o meu dia com os três chaveiros mais feios impossível, segurando a chave que abre a porta da empresa.
Você me faz feliz.
26 de agosto
E ficar lembrando do jeito que você me beijava bem de leve, achando que eu estava dormindo...
Lembrar dos beijos, de você dizendo o quanto era bom, e pedindo pra eu passar a mão nas suas costas, enquanto ficava quietinho me abraçando de olhos fechados...
Lembrar de você molhando o meu pescoço de tantos beijos, me chamando de amor e me deixando marcada, dizendo, como sempre e sempre, que eu era sua...
20 de julho
E eu chego de você.
Chego da cama, dos beijos.
Eu chego pra você, sempre. Chego chegando, pé na porta, só pra dizer que eu te quero, que eu choro e que eu sinto como se fossem varias agulhas entrando ao mesmo tempo no pé.
Dá até  vontade de dizer que te quero, e que sei que você me quer.
Pensa que não vejo quando beija a minha cabeça?
Burro você.
Esperto demais. Me tem, me marca, cravou em mim e não sai.
Te digo que não te quero mais. Não quero e pronto.
Você fica serio, ou ri, oscila. Concordar nunca.
Concordar com maluco pra quê?
Doida. Doida de pedra.
Ficar sem você? Sem tudo? Tá.
Me da um cigarro, uma cerveja, me da um pouco de juízo e vai embora.
Some. Some comigo. Some da minha vida. Some na minha vida, como 1 e 1 somos nós.
5 de julho
Depois de lhe escrever, em silêncio, gritando pra você me deixar, estou indo te encontrar...
Como será que vai ser nossa noite?
Você vai me beijar daquele jeito?
Posso escolher como vai ser?!
Eu quero mão na perna e cerveja,
Beijo com batata frita,
Riso frouxo,
Olhos arregalados quando falo alguma coisa esquisita,
Seguido de uma gargalhada idiota,
Beijo de surpresa,
Olhar safado,
Conta paga,
Cama,
Sexo, sem drogas, com rock n roll!
Ataque soviético,
Pernas prendendo as minhas, achando que não estou percebendo que nos próximos segundos, vou gargalhar de cosquinhas, querendo matar você,
Quero perder o ar,
Dizer que não quero nunca, nunca!, nunca mais que você faça aquilo,
Quero olhar de desdém,
E mais cócegas no próximo minuto,
Quero você preocupado de acharem que você está me batendo com meus gritos,
Me bata.
Quero meus roxos de sempre,
E sua voz bem baixinha me informando, perguntando? Nada!, me informando que sou sua,
"Toda sua, fala!"
Falo.
Quero suas mãos nos meus cabelos, que acordam tão embolados que acho q não vão desembolar nunca.
Quero dormir como meus cabelos acordam.
Quero você serio, quase que triste, me beijando bem devagar e se assustando, calado, com seu coração batendo forte e achando que eu não sinto.
Achando que eu não sei...
Eu também já me estrepei.
Brabo, né?
3 de julho

Desaparece

Por favor, não some apenas por dois dias. Some de vez!
Desapareça... Por favor.
Cada dia que você não me manda mensagem, é uma oportunidade q eu tenho de me afastar.
Então faz você, continua você... Pra você parece bem mais fácil. Some você.
Eu te peço sempre, você acha que eu to doida, diz que não vai, me manda calar a boca, achando graça.
O que eu preciso fazer mais, além de não falar, não chegar perto, não querer saber de você?!
Por favor... Você tem todos os motivos pra se afastar de mim, você deveria querer! Pra você é mais fácil. Eu não tenho motivo pra me afastar. Você tem! Então vai embora...
Vai embora da minha vida, me deixa em paz, me deixa procurar ter paz pelo menos.
Eu não quero mais. Custa me deixar em paz???
2 de julho
Não sei o que eu to sentindo.
Só sei dizer que é algo que eu sinto com muita responsabilidade e controle. E que esses dois aí desaparecem quando estamos juntos.
Principalmente quando você me confunde com seus parceiros de luta e resolve me apoiar golpes, me prendendo na cama e me enchendo de cosquinhas, fazendo eu me contorcer, gritar e quem ouvir achar quero estou sendo atacada por um louco.
Eles só não sabem que eu, de fato, estou.
25 de junho
Quando eu disse que tinha percebido, era um pouco também de querer que tudo fosse verdade.
Mas eu não imaginava...
Não imaginava q naquele mesmo dia você mandaria mensagem dizendo que eu tinha me afastado.
Minha vontade era gritar que, finalmente, você tinha percebido que eu era louca por você e todas as vezes q eu fingia não te ver, eu estava implorando pra você vir falar comigo.
E não é que adiantou? Dizem que as pessoas são assim né, quanto mais pensam que não significam nada, mais querem significar.
Mas não... Eu não imaginava que você me falaria que eu tinha te largado e não queria mais saber de você.
"Para de besteira...", eu continuava querendo que você me falasse tudo o que eu adoro ouvir.
Mas não... Eu não imaginava que no dia seguinte você me chamaria pra sair. Mas eu imaginava direitinho que se você me chamasse, iria nascer um jardim dentro de mim, em meio à toda chuva que me inundava.
Não... Eu não imaginava que você continuaria a dizer que eu tinha te dado uma "esnobada legal".
Não imaginava que a gente iria discutir e eu iria chorar pela primeira vez, pedindo pra, pelo amor de Deus, você não me procurar, não dizer que estava com saudades e me deixar em paz.
E que, nessa hora, você iria arregalar os olhos, me pedir desculpas repetidas vezes em uma frase, me abraçar tão forte e beijar cada lágrima que caía dizendo "não..." pra cada uma delas.
É... Eu não podia imaginar que nós dois juntos conseguiríamos ser tão nojentos a ponto de nos beijar cheios de batata frita na boca, morrendo de ir de tanta porcaria.
E nem que você passaria mais da metade da noite armando estratégias pra prender as minhas pernas e mãos com seu corpo para me encher de cosquinha. Eu tb não imaginaria que isso te faria rir de perder o ar, de se divertir que nem criança, e de querer ouvir meus gritos e gargalhadas enquanto sofria o seu ataque soviético, como você mesmo falou.
Eu não... Eu não imaginava que você conseguia me beijar mais do que das outras vezes, e me beijar tanto, tanto, só porque eu disse que gostava do jeito q você beijava meu rosto...
E também não podia imaginar que você tinha o poder de esticar o tempo... Seja quando pediu a conta e, quando chegou, disse que não queria mais ir embora, seja quando me parou no corredor e me beijou, fazendo o tempo parar sem se importar com ninguém a nossa volta, ou dentro do elevador, quando a porta fechou e subimos e descemos sem tocar nenhum andar, até chegarmos em algum, que nos deixou lá quietos. Eram sete da manhã, e os beijos continuavam lá, como quem estava longe há muito tempo.  Ou então, seja quando, no taxi, você me puxou pra perto, com a mão no meu cabelo enquanto beijava minha testa.
Eu não imaginava. Não imaginava chegar em casa e receber um "saudades já".
Agora eu imagino. Em cada canto do meu dia, eu consigo imaginar.
22 de junho
Eu vi você me olhando hoje... E isso está enchendo meus olhos de lágrimas que eu não vou deixar cair...
Eu vi também quando chegou bem perto de mim, percebi em todas as vezes que me encostou de leve, do mesmo jeito da primeira vez. A gente finge que não percebe, que nenhum dos dois está se dando conta de que estamos encostados, mas meu coração disparava a cada vez que eu sentia sua mão bem leve.
Eu percebi a tentativa de você precisar de alguém para ir pro aeroporto com você no carro e me chamar. Todo mundo ali poderia ir, e você me chamou na maior formalidade: "você pode buscar o pessoal comigo no aeroporto?".
Pra que duas pessoas buscando alguém? "Posso sim, sem problemas."
Até alguém ser sensato e falar que não havia a menor necessidade, e eu fingir que achei bom, pois tinha minha agenda pra fazer.
Eu tenho tentado. Tentado muito, com todas as minhas armas que eu nunca achei que tivesse.
Ficar longe de você é um alívio, e eu tenho feito isso de forma muito eficaz. Mensagens não respondidas, "bom dias" não dados, não peço ajuda, não preciso mais de você.
Mas continuo custando a dormir, acordando todas as noites... É muito trabalhoso me obrigar a não pensar em você.
Era muito mais fácil dormir pensando em nós dois juntos, com os seus beijos em cada pedacinho meu, eu dormia rápido, cheia de lembranças maravilhosas e dormir era fácil.
Acordar era bem difícil. Acordar e encarar a realidade de que você nunca será meu.
Tenho me esforçado muito, está sendo difícil... Ver seu nome em uma mensagem torna as coisas praticamente impossíveis. Responder de modo frio, sem dizer que estou com saudades e que você estava lindo na apresentação hoje, é um trabalho árduo. Eu escrevo e envio sem ter tempo de mudar de idéia.
É difícil gostar com a responsabilidade da obrigação de esquecer o mais rápido possível.
É difícil ter esse controle, depois das coisas que me falou e de tudo o que passamos... Todas as noites... Das loucuras, aos beijos sem fim e frases com a palavra mais doce que você me diz: "minha".
Eu sou sua... Só que você não pode saber, porque ser sua faz eu me perder de mim....

Alguns minutos depois...

Você tava muito gostosa hoje.
Você me esnoba.
Você me largou.
Não me chama mais pra cerveja.
Se tivesse medo, eu iria praí.

Eu consegui responder tudo de modo frio, desconversando...
Mas por dois segundos eu me distraí e respondi que não, não tinha largado.
18 de junho
Eu queria começar escrevendo o quanto está sendo maravilhoso os momentos em que você me enche de tantos beijos, que às vezes me falta o ar. Não me falta o ar porque você me enche o peito de carinho apenas, mas porque junto a isso, você me abraça tão forte, que eu já não sei nem mais quem sou.
Eu poderia dizer quantas vezes em um dia eu fecho os olhos e tento voltar no momento em que estávamos no carro, e você me informava, sem perguntar, "você é minha", enquanto beijava meus olhos fechados, "minha...", minha testa, "minha...", meu ombro, falando tão baixinho, até não sair mais som. Meus olhos molhados, tinham vontade de te perguntar "por que só hoje?", mas meu coração tava tão cheio, que eu tava sufocada, e mal conseguia ter forças para manter minha mão no seu rosto.
Eu queria entender como nossos entrelaços chegaram ao ponto de conseguirmos nos tocar em cada pedaço do corpo um do outro, seja quando me beija com a mão nos meus pés, ou dorme mergulhado no meu peito, enquanto te cubro com minhas pernas. Ou quando me abraça por trás e consegue alcançar cada canto de mim, enquanto meus pés procuram os seus.
Quando foi que nos perdemos?
Em que momento passamos a nos chamar de amor, enquanto você passava a mão pelo meu cabelo? Quando foi que trocamos noites de bebedeira, sexo, celulares perdidos, roupas molhadas, ressacas e ciladas, por noites sem cerveja, com abraços de mãos no rosto, massagens, cafunés, beijos sem fim, pés se esquentando, e sono?
Eu tento, todos os dias, entender onde fui me meter, por que eu faço isso comigo... Eu tento entender por que as coisas sempre são complicadas pra mim, e por que eu sempre quero quem eu não posso ter.
Mas quando estou tentando te esquecer, você me manda uma mensagem me lembrando que estar em contato com você tira meus pés do chão, e então eu me esqueço o que estava fazendo.
Não sei há quanto tempo eu não sinto algo parecido com o que eu sinto quando você me beija. Pra te ser bem sincera, eu esqueço um pouco do que eu senti pelos outros, mas acho que lembraria se fosse algo parecido com o que você desperta em mim.
Eu não tenho forças pra enfrentar tudo o que está por vir, então se eu pudesse fazer um pedido, eu gostaria de nunca ter perdido o ar.
31 de maio

Cala a boca

Essa saia está muito curta.
Fala que você é minha.
Você é de quem?
Quando vamos viajar juntos?
Toda vez que estou com você eu falo que é a ultima vez. - Cala boca.
Eu sou seu.
Você é minha... minha... minha...
30 de maio

Oi.

Queria falar com você...
É que eu acho que não sou muito boa em me explicar, em dizer o que eu sinto de verdade.
Por isso que aconteceu aquilo. Foi por falta de proteção.
Foi por isso que você sentiu também.
Eu já disse, não consigo explicar.
Mas como? Você consegue entender o porque aquilo
 aconteceu?
Lembra que eram só umas noites de loucura, só pra matar a vontade?
Então por que aquilo?
Por que quando a manhã chegou, a gente não colocou a roupa e foi embora como das outras vezes? Por que fizemos aquilo?
Por que?
Por que você colocou a mão no meu cabelo e me beijou daquele jeito?
Um jeito calmo, devagar, seu corpo me pesando e suas duas mãos no meu rosto, enquanto eu te abraçava de leve. Até não conseguir mais, e você não parava de me encher o peito, você me beijava e parava pra beijar todo o meu rosto, enquanto eu já não conseguia mais controlar nada e te abraçava muito forte, pensando que eu não queria que aquilo acabasse, seja lá o que tivesse acontecendo com a gente ali.
E nossos olhos fechados, nossas mãos em lugares bem diferentes do que nossas noites de loucura exigiam, as suas no meu rosto e as minhas te abraçando.
Quanto tempo aquilo durou? Nenhuma palavra, seu rosto no meu, me deixando com as marcas vermelhas da sua barba, foram tantos beijos secos nos meus olhos, testa, boca, bochecha... Tudo tão fora do nosso contexto. E depois, tão fora do contexto quanto, deitamos e com as bocas encostadas, dormimos, tão abraçados, tão entrelaçados... Dormimos pra depois acordar, e você, com o seu peso em mim, segurar o meu rosto e me olhar, pra perguntar bem baixinho se eu era sua. Sou. Você é? Fala de quem você é? Sua, sou sua.
Eu estava muito confusa. Uma confusão tão grande e uma vontade de pedir pra pelo amor de Deus, você me deixar em paz. Meus olhos estão molhados desde quando comecei a não entender mais nada.
Confusa que estava, colocamos as roupas e fomos embora.
Mas antes, no caminho pra porta, você me parou, e de novo me beijou daquele jeito. Sem mãos pelo meu corpo procurando satisfazer seus desejos, com as mãos me abraçando forte e calmo, com os olhos fechados, devagar.
E esse momento? Durou quanto tempo? Você me tirou a noção.
Nada fazia sentido ali. Fazia sentido quando a gente se encontrava e matava nossos desejos mais obscenos, e falava coisas que nunca poderiam ser repetidas fora dali.
Mas aquilo? Aquele jeito que você fez? O jeito de passar a mão no meu cabelo e, de olhos fechados, passar seu rosto no meu?
Nada fazendo sentido, achei que tinha sobrevivido dessa vez.
Quando cheguei em casa, vi que não. Com a sua mensagem dizendo que não queria ter ido embora e que já estava com saudades, eu vi que não deu certo dessa vez.
A gente confundiu tudo. A gente preferiu ficar abraçados, juntos, deitados, sorrindo, entre milhares de beijos e sei lá.... Do que se pode chamar aquilo que estava entre a gente? Carinho? Não!! Essa palavra não pode ser dita quando se trata da gente!
Eu sei, eu sei. Mais uma vez eu estou o que? Apaixonada?
E vai ser também daquele jeito que eu me desapaixono em 3 segundos e me pergunto onde eu estava com a cabeça quando eu pensei que estava envolvida.
E toda vez eu invento alguma coisa diferente.
Com você, eu estou inventando isso que aconteceu. Isso que eu senti e que não deixa meus olhos em paz, cismam em se encher de lágrimas toda vez que eu lembram dos beijos que receberam...
28 de maio

De saia segunda

Custei um tanto pra escrever sobre você.
Na verdade, achei q vc ia escorrer e secar, sumir, evaporar, se escafeder dos meus pensamentos.
Mas você, insistente que só, cismou em grudar e não sair por nada no mundo.
Aliás, essa sua teimosia faz qualquer bom senso sumir do mapa.

Não me procura mais.
Não senta do meu lado na reunião. Não me pede nada.
Não toca em mim.
Não me manda mensagem.
Não me lembra do que eu tenho que fazer, porque eu sei!

Não vou me afastar de você.

Não diz mais que quer me ver.
Não diz que não sabe o que sente.
Não diz que está complicado pra você.
Não diz que não entende porque isso está acontecendo.
Não diz que não sabe explicar.

Eu não escolhi sentir isso, eu não controlo.

Não me pede pra dizer que eu sou toda sua.
Não manda eu me comportar.
Não me deixa marca.
Não me pede pra prometer que vou ser sua.
Não diz que pensa em mim todas os dias.

Se eu pudesse, deixava um R marcado em você. Pra todo mundo ver que você é minha.

Não me pede pra viajarmos a trabalho.
Não diz que vai me beijar na sala de trás.
Não diz que vai me jogar no chão.
Não diz que sente vontade de me agarrar o tempo todo.

Vai de saia segunda?

Fui.

De saia segunda

Custei um tanto pra escrever sobre você.
Na verdade, achei q vc ia escorrer e secar, sumir, evaporar, se escafeder dos meus pensamentos.
Mas você, insistente que só, cismou em grudar e não sair por nada no mundo.
Aliás, essa sua teimosia faz qualquer bom senso sumir do mapa.

Não me procura mais.
Não senta do meu lado na reunião. Não me pede nada.
Não toca em mim.
Não me manda mensagem.
Não me lembra do que eu tenho que fazer, porque eu sei!

Não vou me afastar de você.

Não diz mais que quer me ver.
Não diz que não sabe o que sente.
Não diz que está complicado pra você.
Não diz que não entende porque isso está acontecendo.
Não diz que não sabe explicar.

Eu não escolhi sentir isso, eu não controlo.

Não me pede pra dizer que eu sou toda sua.
Não manda eu me comportar.
Não me deixa marca.
Não me pede pra prometer que vou ser sua.
Não diz que pensa em mim todas os dias.

Se eu pudesse, deixava um R marcado em você. Pra todo mundo ver que você é minha.

Não me pede pra viajarmos a trabalho.
Não diz que vai me beijar na sala de trás.
Não diz que vai me jogar no chão.
Não diz que sente vontade de me agarrar o tempo todo.

Vai de saia segunda?

Fui.
26 de maio

Quem você pensa que é?

Quem é você e por onde você andou?
Você é mais um, né? Mais um daqueles que eu acredito que eu estou envolvida e logo depois passa?
Quem é você que me toca desse jeito?
Que eu não tenho vontade de contar pros outros?
Não faz mais isso, por favor?
Não desperta isso em mim, não desperta...
Não faz eu me envolver desse jeito, não dá, você entende?
Eu não sou forte, eu não vou conseguir sair.
19 de abril

Sem juízo.

Me tira do sério.
Me tira o sono, o juízo, a concentração.
Me enche.
Me enche a cabeça, o corpo, o saco.
Me enche de desejo, de cansaço e de tesão.
Me enche de inteligência, que transborda em cima de mim, de preocupação comigo, com os meus deveres. Toma conta de mim, de tudo. Me tem como propriedade.
Me manda: 'Diz q é minha. Diz que é minha.' Com todo aquele jeito de segurar meus braços e fazer eu me entregar por inteiro.
Toda, cada pedaço. Tudo seu.
Faz o que quiser.
17 de abril