Que venha 2012.
Meus reveillons sempre são cheios de polêmica. Sempre fico trêbada, faço alguma merda e acordo cheia de ressaca moral. Vai ver por isso que meus últimos anos desde que atraquei na Bahia não foram lá essas coca-colas. Portanto, resolvi MUDAR.
Ficou por aqui todas as minhas lembranças melancólicas daquele dinamarquezinho de merda. Isso é o que eu mais penso. Já não ouço mais aquela música com cara de choro e com tudo se remoendo. Acabou mesmo. Quero crescer e me desvencilhar disso. Não tenho mais vinteepoucos anos, afinal de contas. Deixo esse sentimentozinho pra quem tem um tantinho de prazer em chorar por amores perdidos.
E se ele aparecer barbado, daqui a uns anos como o combinado, eu juro, eu juro que o mando pra putaqueopariu.
Bom, meus antigos amores também que se explodam em 2012. Sério, Dé, se fudeu.
Minhas tentações vão se tranformar todas no meu amor. Sério, se meus desejos mais proibidos cismarem em atacar meu juízo, eu vou atacar meu marido seja lá onde for. Piriga eu querer dar pra ele atravessando a rua.
Meu Deus, me ajude a ter um pingo de juízo, senão eu vou me passar por mentirosa aqui, viu?
Numa boa, faça baixar o santo que for aqui pra eu ser uma menina comportada, porque tá pra existir pessoa mais intensa que eu. Não deixa que as tentações apareçam na minha vida, por favor, porque senão vai ser foda. O senhor sabe como eu sou. Me ajude aí, vai.
Fato é: minhas cotas zeraram de novo, então meu caminho tá livre livre pra fazer novas merdas. Mas eu não quero. N-ã-o- q-u-e-r-o. Então, já que não sobraram cotas de 2011, eu espero que sobrem muitas e muitas de 2012.
Seja lá o que Deus quiser, boas intenções eu tenho.
Tomara também que o mundo não acabe em 2012.
Senão, com que cara que eu vou chegar lá em cima?
sábado, 31 de dezembro de 2011
.
Bem, faz um tempo que não escrevo. Sinal de que está tudo bem. Minhas útimas mensagens foram sinceras no momento em que eu as escrevia. Depois ficou tudo bem. Faz parte do meu show.
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
Oi Tchu,
( Então, tomei coragem. Fui embora daquela vida que eu sempre soube que não era minha. Fui embora e tô com um medo danado! Eu não sei mais como é o mundo lá fora e o que eu queria mesmo era que viesse um anjo para dizer que ele iria mudar e que nosso relacionamento iria ser lindo até a eternidade. Mas isso não vai acontecer. O anjo pode até vir, mas meu relacionamento não vai ser lindo. nunca foi, mas eu sempre fingi acreditar. Até eu mesma me enganava.
Tá bastante difícil, de verdade. Eu não sei muito bem o que fazer, como agir... Nem como ficar de pé nessa situação eu sei. Tá bem difícil...
O pior é todo o depois, é voltar pra pegar o resto de minhas coisas, é conversar com a família, é ter a certeza que acabou mesmo. Porque eu ir embora assim, com uma mochila é a súplica para a volta, sabe como é? É uma mochila pra três dias, e quando acabar? Tenho medo de ele ver que o melhor mesmo é a gente se separar.
Se isso acontecer, Tchu, juro, nunca mais vou saber dele. Vou cancelar facebook, telefone, a porra toda. Vou sumir do mapa, voltar pro Rio e nunca mais pisar na Bahia. Escute isso: Eu não volto nunca mais. Nem pra carnaval, férias, festa, amigos, nada, absolutamente nada vai me fazer voltar aqui.
Eu não achei que teria essa coragem. Aliás, eu não tenho essa coragem. Não tenho. Se você me pedir pra pular de um para-quedas, saltar de um avião, sei lá, qualquer coisa, eu vou. Mas pegar um ônibus pra outro bairro tá me dando um pânico. Minhas mãos não param de suar, meu coração tá tremendo. Já viu isso? Coração tremer?
Quando se mora em casa separada é mais tranquilo, brabo é quando você mora junto há quase três anos e vê o mar levar seu castelo de areia. Brabo é dormir num colchão no chão, quando se dormia com o seu amor.
Brabo é tudo o que tá envolvendo esse meu momento de choque. É, sem dúvida, a coisa mais difícil que eu já fiz na vida. Mais que voltar dos Eua, mais que vir pra Salvador. Deixar uma cidade ainda vai, mas deixar o seu amor? É foda. Eu não sei de onde eu tô tirando forças. Aliás, nem sei se elas estão aqui comigo, ou se é só um pouco da minha coragem me enganando. Mas eu vou, eu tô indo hoje a noite.
Eu vou descobrir um mundo diferente. E vou pensar muito. Tava pensando em despirocar, sair por aí fazendo ligações para alheios pra matar a minha carência, mas não vou não, sabe... Vai ser eu comigo mesma, cara a cara ali, e então eu vou me encarar e vamos ver se eu aguento tudo isso.
Quanta porrada, né minha amiga? Quem diria que eu iria apanhar tanto aqui em Salvador?
Isso nunca tinha acontecido comigo.... Tanta coisa ruim num espaço tão curto de tempo.
Acho mesmo que eu tenho que voltar pra casa...
Chegou a hora..)
Tá bastante difícil, de verdade. Eu não sei muito bem o que fazer, como agir... Nem como ficar de pé nessa situação eu sei. Tá bem difícil...
O pior é todo o depois, é voltar pra pegar o resto de minhas coisas, é conversar com a família, é ter a certeza que acabou mesmo. Porque eu ir embora assim, com uma mochila é a súplica para a volta, sabe como é? É uma mochila pra três dias, e quando acabar? Tenho medo de ele ver que o melhor mesmo é a gente se separar.
Se isso acontecer, Tchu, juro, nunca mais vou saber dele. Vou cancelar facebook, telefone, a porra toda. Vou sumir do mapa, voltar pro Rio e nunca mais pisar na Bahia. Escute isso: Eu não volto nunca mais. Nem pra carnaval, férias, festa, amigos, nada, absolutamente nada vai me fazer voltar aqui.
Eu não achei que teria essa coragem. Aliás, eu não tenho essa coragem. Não tenho. Se você me pedir pra pular de um para-quedas, saltar de um avião, sei lá, qualquer coisa, eu vou. Mas pegar um ônibus pra outro bairro tá me dando um pânico. Minhas mãos não param de suar, meu coração tá tremendo. Já viu isso? Coração tremer?
Quando se mora em casa separada é mais tranquilo, brabo é quando você mora junto há quase três anos e vê o mar levar seu castelo de areia. Brabo é dormir num colchão no chão, quando se dormia com o seu amor.
Brabo é tudo o que tá envolvendo esse meu momento de choque. É, sem dúvida, a coisa mais difícil que eu já fiz na vida. Mais que voltar dos Eua, mais que vir pra Salvador. Deixar uma cidade ainda vai, mas deixar o seu amor? É foda. Eu não sei de onde eu tô tirando forças. Aliás, nem sei se elas estão aqui comigo, ou se é só um pouco da minha coragem me enganando. Mas eu vou, eu tô indo hoje a noite.
Eu vou descobrir um mundo diferente. E vou pensar muito. Tava pensando em despirocar, sair por aí fazendo ligações para alheios pra matar a minha carência, mas não vou não, sabe... Vai ser eu comigo mesma, cara a cara ali, e então eu vou me encarar e vamos ver se eu aguento tudo isso.
Quanta porrada, né minha amiga? Quem diria que eu iria apanhar tanto aqui em Salvador?
Isso nunca tinha acontecido comigo.... Tanta coisa ruim num espaço tão curto de tempo.
Acho mesmo que eu tenho que voltar pra casa...
Chegou a hora..)
domingo, 4 de dezembro de 2011
Só pra você saber
Não me venha cheio de amor pra dar não, porquê eu vou te fuder. Falo logo.
Não é porquê eu fui fofa com você com a intenção de te deixar louco, que eu quero alguma coisa.
É o seguinte: eu te quero de brinquedo.
Você me enlouquece, isso eu tenho que confessar. Me enlouquece. Me faz delirar, você é tudo o que eu queria pro resto da vida, se fosse possível. Você é inusitado, imprevisível, e isso me deixa louca.
Eu não sei onde eu estaria com você daqui a um ano, um dia. Se a gente fosse ficar junto, a gente ia ser o casal mais louco do mundo. Iríamos viver de amor numa cabana. Isso eu tenho certeza.
Mas não dá, entende? Você tem uma filha e eu sou preconceituosa. Aliás, você é casado, mas não é isso que me deixa agoniada não, eu não te quero porquê é muito complicado, muito complicado mesmo. Sabe como é, né? Essa história de filha, de você trair sua mulher com sua sombra, etc. Dá pra mim não.
Além do mais, você não é o tipo de pessoa por quem eu me apaixonaria loucamente. Aliás, até podia ser, mas é exatamente o tipo por quem eu me desapaixonaria num estalar de dedos. Não que eu fosse te largar logo, mas o dia que eu enchesse o saco eu ia me mandar.
Mas você sabe que eu tenho outra maneira de pensar também.... Vai ver você iria me sacanear também e eu nem iria ligar, do tipo foda-se. E eu te trairia com minha sombra também. Eu disse né, você é imprevisível e um relacionamento com você também seria, então quem sou eu pra ficar já vendo o futuro de um relacionamento que não acontecerá jamais.
Você é do tipo um dia de praia, dá pra entender? Eu te ligaria te chamando pra fazer uma loucura, você iria, passaríamos um dia maravilhoso regado a muita cerveja e maconha e depois beijotchau.
Você é tipo Noronha, Morro de São Paulo, praias perdidas por aí. Eu seria feliz por um dia com você. E eu até tô querendo, sabia?
Nem sei porquê diabos você faz meu coração acelerar que nem louco, maluquice do caralho.
Sério, meu coração tá lá, todo se querendo e eu mesma nem tô tão. Complicado de entender isso que eu tô escrevendo, né? Eu acho que é a sensação de aventura, loucura, amor.
É gostoso ouvir você quando fala de mim, seus olhos brilham e os meus também. Ridículo. Aliás, temos que parar com essa palhaçada, viu? Chega de sorrisos idiotas e palavras frouxas. Vamos combinar assim?
Se você se apaixonar mesmo por mim, eu vou te fuder, é sério. Eu tenho essa capacidade. Deixo as pessoas aos meus pés e depois, meu amigo, pé na bunda, com direito a gargalhadas. Já me fudi também, quer dizer, já achei que me fudi, depois quando eu olhei pra trás, me achei a maior das idotas.
Mas você, T., o mesmo T. que eu escrevo desde o começo, você me faz delirar, me deixa louca, me dá uma ânsia de mandar tudo pro espaço e me jogar em você pra curtir um dia de delírio.
Só de pensar, eu respiro fundo e já sinto uma sensação de liberdade.
Me sinto uma louca.
Não é porquê eu fui fofa com você com a intenção de te deixar louco, que eu quero alguma coisa.
É o seguinte: eu te quero de brinquedo.
Você me enlouquece, isso eu tenho que confessar. Me enlouquece. Me faz delirar, você é tudo o que eu queria pro resto da vida, se fosse possível. Você é inusitado, imprevisível, e isso me deixa louca.
Eu não sei onde eu estaria com você daqui a um ano, um dia. Se a gente fosse ficar junto, a gente ia ser o casal mais louco do mundo. Iríamos viver de amor numa cabana. Isso eu tenho certeza.
Mas não dá, entende? Você tem uma filha e eu sou preconceituosa. Aliás, você é casado, mas não é isso que me deixa agoniada não, eu não te quero porquê é muito complicado, muito complicado mesmo. Sabe como é, né? Essa história de filha, de você trair sua mulher com sua sombra, etc. Dá pra mim não.
Além do mais, você não é o tipo de pessoa por quem eu me apaixonaria loucamente. Aliás, até podia ser, mas é exatamente o tipo por quem eu me desapaixonaria num estalar de dedos. Não que eu fosse te largar logo, mas o dia que eu enchesse o saco eu ia me mandar.
Mas você sabe que eu tenho outra maneira de pensar também.... Vai ver você iria me sacanear também e eu nem iria ligar, do tipo foda-se. E eu te trairia com minha sombra também. Eu disse né, você é imprevisível e um relacionamento com você também seria, então quem sou eu pra ficar já vendo o futuro de um relacionamento que não acontecerá jamais.
Você é do tipo um dia de praia, dá pra entender? Eu te ligaria te chamando pra fazer uma loucura, você iria, passaríamos um dia maravilhoso regado a muita cerveja e maconha e depois beijotchau.
Você é tipo Noronha, Morro de São Paulo, praias perdidas por aí. Eu seria feliz por um dia com você. E eu até tô querendo, sabia?
Nem sei porquê diabos você faz meu coração acelerar que nem louco, maluquice do caralho.
Sério, meu coração tá lá, todo se querendo e eu mesma nem tô tão. Complicado de entender isso que eu tô escrevendo, né? Eu acho que é a sensação de aventura, loucura, amor.
É gostoso ouvir você quando fala de mim, seus olhos brilham e os meus também. Ridículo. Aliás, temos que parar com essa palhaçada, viu? Chega de sorrisos idiotas e palavras frouxas. Vamos combinar assim?
Se você se apaixonar mesmo por mim, eu vou te fuder, é sério. Eu tenho essa capacidade. Deixo as pessoas aos meus pés e depois, meu amigo, pé na bunda, com direito a gargalhadas. Já me fudi também, quer dizer, já achei que me fudi, depois quando eu olhei pra trás, me achei a maior das idotas.
Mas você, T., o mesmo T. que eu escrevo desde o começo, você me faz delirar, me deixa louca, me dá uma ânsia de mandar tudo pro espaço e me jogar em você pra curtir um dia de delírio.
Só de pensar, eu respiro fundo e já sinto uma sensação de liberdade.
Me sinto uma louca.
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
Cenas da vida real
Fui fazer meu cabelo, e unhas. Chegando no salão, minha amiga: Como vc vai fazer o pé se você veio de tênis? Merda.!
- Temos a sandália descartável! - Disse uma bicha louca.
-Perfeito!
Na noite anterior eu tive mais um dos meus sonhos de doente mental. Eu estava no metrô, tinha um banheiro e eu quis tomar banho. Tomei, um pouco preocupada em demorar muito e passar o meu ponto. O banheiro era dentro do trem. Usei um sabonete usado que estava lá, porquê eu não sou fresca nem em sonho. E saí enrolada numa toalha verde claro. Quando saí, estava ele lá sentado numa mesa, me olhou e disse mais uma vez a frase que eu amo: "Não acredito nisso, só você mesmo!" E me fez delirar. Estávaos então em Teresópolis, simplesmente escalando. Eu e ele. A nossa cara. E quando estávamos chegando no topo, eu vi um ganchinho pra prender as cordas de proteção e disse:" A gente tá sem o materia de proteção!" Ele nem aí e nem eu, na verdade. Eu me sentia pesada e dizia que não ia conseguir, ele nem se preocupou e disse que eu ia sim. Acordei.
Saindo do salão, estava eu: Com os cabelos inteiros na cara, com a mão melada de óleo secante e um óculos escuros enormes. Eu tentava em vão tirar o cabelo da cara mexendo a cabeça. Nos braços, minha bolsa Louis Vuitton (minha mais nova razão de viver), meu tênis saindo pra fora da bolsa e é claro, minha sadália descartável que dobrava e meu pé ficava no chão da rua, a cada passo que eu dava. Só de atravessar a rua e ir pro shopping, meu pé já estava preto.
E então, eis que o diretor que comanda minha vida, resolve me sacanear.
-" Não acredito, só você mesmo! Que chinelo é esse?"
Meu coração estava na boca. Eu não o abracei, eu me joguei em cima dele, que estava enconstado no muro do estacionamento do shopping. Ele me abraçou com aquele sorriso no rosto.
Na semana anterior, eu o encontrei no mesmo lugar. Deve ter sido por isso que resolvi passar por aquele estacionamento. E de novo aquele sorriso, e eu, idiota, sinto necessidade de ouvir aquela frase que me faz lembrar quem eu sou, e então, disse:
-Fiz uma coisa que é a sua cara! Tava chegando pra trabalhar e tinha um ônibus grandão de doação de sangue. Na mesma hora doei, ó! - E mostrei o braço inteiro roxo!
Ele cai na gargalhada. Eu adoro o fazer rir.
Pois bem, eu tava nervosa, contei logo do sonho e ele me diz que é doido pra conhecer Teresópolis.
Mais uma vez riu da minha sandália e ameaçou pisar no meu pé, eu disse que o mataria e o chamei pra uma cerveja.
Fomos com mais dois amigos. Foi uma delícia, apenas por uns vinte minutos. Ele sentou do meu lado no banquinho de plástico, relembramos a história do dia em que ele jogou cachaça na minha perna, depois de eu ter caído no bueiro, ele não parava de tocar em mim. E me olhava daquele jeito que sempre olhou. Eu sou escrota, porquê sei que não vou ter nada com ele, mas é uma recarga de energia. Ele elogiou minhas unhas, meu cabelo, e ficou passandoa mão no meu pé, tentando limpar, dizendo que tava imundo. No final, quis pagar minha cerveja e disse pra eu terminar pelo menos aquela. Mas meu namorado, marido, sei lá, tinha ligado já 5 vezes e eu não tinha visto.
Saí correndo.
- Temos a sandália descartável! - Disse uma bicha louca.
-Perfeito!
Na noite anterior eu tive mais um dos meus sonhos de doente mental. Eu estava no metrô, tinha um banheiro e eu quis tomar banho. Tomei, um pouco preocupada em demorar muito e passar o meu ponto. O banheiro era dentro do trem. Usei um sabonete usado que estava lá, porquê eu não sou fresca nem em sonho. E saí enrolada numa toalha verde claro. Quando saí, estava ele lá sentado numa mesa, me olhou e disse mais uma vez a frase que eu amo: "Não acredito nisso, só você mesmo!" E me fez delirar. Estávaos então em Teresópolis, simplesmente escalando. Eu e ele. A nossa cara. E quando estávamos chegando no topo, eu vi um ganchinho pra prender as cordas de proteção e disse:" A gente tá sem o materia de proteção!" Ele nem aí e nem eu, na verdade. Eu me sentia pesada e dizia que não ia conseguir, ele nem se preocupou e disse que eu ia sim. Acordei.
Saindo do salão, estava eu: Com os cabelos inteiros na cara, com a mão melada de óleo secante e um óculos escuros enormes. Eu tentava em vão tirar o cabelo da cara mexendo a cabeça. Nos braços, minha bolsa Louis Vuitton (minha mais nova razão de viver), meu tênis saindo pra fora da bolsa e é claro, minha sadália descartável que dobrava e meu pé ficava no chão da rua, a cada passo que eu dava. Só de atravessar a rua e ir pro shopping, meu pé já estava preto.
E então, eis que o diretor que comanda minha vida, resolve me sacanear.
-" Não acredito, só você mesmo! Que chinelo é esse?"
Meu coração estava na boca. Eu não o abracei, eu me joguei em cima dele, que estava enconstado no muro do estacionamento do shopping. Ele me abraçou com aquele sorriso no rosto.
Na semana anterior, eu o encontrei no mesmo lugar. Deve ter sido por isso que resolvi passar por aquele estacionamento. E de novo aquele sorriso, e eu, idiota, sinto necessidade de ouvir aquela frase que me faz lembrar quem eu sou, e então, disse:
-Fiz uma coisa que é a sua cara! Tava chegando pra trabalhar e tinha um ônibus grandão de doação de sangue. Na mesma hora doei, ó! - E mostrei o braço inteiro roxo!
Ele cai na gargalhada. Eu adoro o fazer rir.
Pois bem, eu tava nervosa, contei logo do sonho e ele me diz que é doido pra conhecer Teresópolis.
Mais uma vez riu da minha sandália e ameaçou pisar no meu pé, eu disse que o mataria e o chamei pra uma cerveja.
Fomos com mais dois amigos. Foi uma delícia, apenas por uns vinte minutos. Ele sentou do meu lado no banquinho de plástico, relembramos a história do dia em que ele jogou cachaça na minha perna, depois de eu ter caído no bueiro, ele não parava de tocar em mim. E me olhava daquele jeito que sempre olhou. Eu sou escrota, porquê sei que não vou ter nada com ele, mas é uma recarga de energia. Ele elogiou minhas unhas, meu cabelo, e ficou passandoa mão no meu pé, tentando limpar, dizendo que tava imundo. No final, quis pagar minha cerveja e disse pra eu terminar pelo menos aquela. Mas meu namorado, marido, sei lá, tinha ligado já 5 vezes e eu não tinha visto.
Saí correndo.
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