Vini,
Foi mal, pô! Desculpa aê. De verdade, não que eu esteja arrependida, foi um jeitinho de fugir de você, caramba! Eu tinha que fugir.... Você não devia ser de verdade, foi o que eu pensei....
Em pleno carnaval da Bahia, no melhor bloco, me aparece você, todo...., sei lá, todo você.
-Me dá um beijo?
Ai, que saco...Mas putz... que graaaaaça...
-Não vou te beijar pq vc vai virar e ir embora.
-Eu não vou embora.
-Só te beijo se ficar o bloco inteiro comigo.
-Eu vou ficar.
Mais tarde, depois de irmos no seu apto e você ter tomado iogurte e eu cerveja (sem modos nenhum), sentamos na calçada, cada um com sua latinha.
-Você faz o que?
-Sou funcionário público, auditor.
-Ah, se formou em Direito?
-Direito E engenharia. E você?
-Sou garçonete.
Não sei porque eu menti. Sei lá. Você era tão perfeito, claro que não era de verdade.
Custava, depois de saber que eu "era garçonete", ir embora?
Aí tentei de novo:
-Que lindo seus pelinhos dourados... É natural?
-Não... sabe aquelas pastas brancas que aquelas negonas passam na praia? Então, eu passo no corpo inteiro....
E aí não teve jeito, você me abraçou e rimos muito, com o dia clareando...
Aí nos apaixonamos, foi mal.
Quem mandou? Eu não acredito muito quando chega alguém tão lindo como você. E acreditei menos ainda quando você me botou num taxi querendo me dar dinheiro pra voltar. Depois me ligando bravo achando que eu não ia te ligar quando chegasse em casa, eu nem tinha chegado, amor...
E no dia seguinte? Ligar quando acordou foi demais. Desculpa, você quis me deixar segura de que aquilo não era de brincadeira, mas exagerou pô! Eu estava incrivelmente apaixonada e você é lindo demais.
Então, foi mal pelos e-mails apaixonados, eu tava de onda, eu não acreditei em você, obrigada por seus e-mails tão lindos, dizendo que me queria e tudo mais aquilo de perfeito e ah! você escreve muito bem, valeu mesmo pela falta dos erros de português que eu sempre li, eu amei tudo.
Sem esquecer, claro, das milhares de ligações durante meses sem fim...Você era lindo desligando sempre me dizendo:"Também te amo! Beijos" e me fazendo morrer de rir, um pouco sem graça no começo, mas depois já acostumada:"Também, beijos.".
Desculpa, amor, por não ter ido te encontrar quando você disse ter comprado passagem pra Salvador pra passar três dias comigo. Eu disse que estava sem celular, não foi? Eu menti, você, hoje, deve ter se ligado. Eu disse que meu nextel tava com uma amiga, pra ela falar com o marido que estava viajando. Desculpa esfarrapada. E você me deu até o telefone fixo de onde você estaria. Eu não liguei. Tive um medo danado.
Me envolver pra quê? Todo lindo, lindo mesmo, engenheiro e advogado, super inteligente, me ligando toda semana, vindo pra Bahia pra me ver? Desculpa lindo, não acredito até hoje.
O máximo que você poderia ter feito, você fez. O mínimo que eu poderia ter feito, eu não fiz.
Foi mal, Vini, eu tive medo. Você era o homem perfeito pra mim, mas depois que fugi de você quando você veio, nunca mais quis saber de mim e não me atendeu. Eu tentei mil vezes te ligar depois pra dar mais uma desculpa esfrrapada. E um ano e meio depois, você me disse que sabia o que você queria da sua vida desde quando me conheceu naquele carnaval.
Desculpa, amor, eu me apaixonei por você.
Também te amo.
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
(Entre parênteses)
(É um barato saber que quando eu escrevo entre parênteses ninguém vê.
Então eu vou contar....
Eu tenho saudade:
Do menino presidiário que eu fiz o favor de pegar numa estação de ônibus de Denver, que parava a cada alguns metros pra avisar onde estava e que estava em liberdade provisória, com direito a pulseirinha no pé. Charme total. Talvez o mais charmoso, só pelo fato de estar preso. Sorte que ninguém pode ler entre parênteses, ou me achariam uma doente.
Do menino que faz aniversário dia 02 de Novembro, estudou na mesma escola que eu e a gente se encontrava todo ferido em Búzios e ele era um dos quatro (em média) que eu ficava por noite, quando eu resolvia não pagar de apaixonada por algum e empacar no meio do caminho. Soube que ele estava jogando bola, foi comemorar um gol e a trave caiu na cabeça dele e ele ficou com seqüelas e, infelizmente, voltou a ser criança.... Eu adoraria saber como ele está, mas não consigo notícias.
Do meu namorado/ex-namorado/namorado de novo de uma noite só. Esse foi sensacional. Eu tava muito bêbada, aí fiquei com um fofo, eu tinha uma história legal com ele, mas esqueci - merda de memória - , mas fiquei com ele e ele me pediu em namoro de joelhos! Juro, no meio da boate, ele fez juras de amor e eu fui pior ainda, estava amando. Aí resolvi ir ao banheiro e fui surpreendida por um gatinho q eu queria pegar fazia tempo, e não resisti. Eis que meu namorado estava bem atrás de mim, ele tinha me seguido! Gente, eu não sabia onde enfiar a minha cara, aí ele terminou nosso namoro! E eu e toda a minha cara de pau pedimos perdão e ele voltou comigo. Um dia, nada mais.
Tenho muito mais saudades, mas deu preguiça...)
Então eu vou contar....
Eu tenho saudade:
Do menino presidiário que eu fiz o favor de pegar numa estação de ônibus de Denver, que parava a cada alguns metros pra avisar onde estava e que estava em liberdade provisória, com direito a pulseirinha no pé. Charme total. Talvez o mais charmoso, só pelo fato de estar preso. Sorte que ninguém pode ler entre parênteses, ou me achariam uma doente.
Do menino que faz aniversário dia 02 de Novembro, estudou na mesma escola que eu e a gente se encontrava todo ferido em Búzios e ele era um dos quatro (em média) que eu ficava por noite, quando eu resolvia não pagar de apaixonada por algum e empacar no meio do caminho. Soube que ele estava jogando bola, foi comemorar um gol e a trave caiu na cabeça dele e ele ficou com seqüelas e, infelizmente, voltou a ser criança.... Eu adoraria saber como ele está, mas não consigo notícias.
Do meu namorado/ex-namorado/namorado de novo de uma noite só. Esse foi sensacional. Eu tava muito bêbada, aí fiquei com um fofo, eu tinha uma história legal com ele, mas esqueci - merda de memória - , mas fiquei com ele e ele me pediu em namoro de joelhos! Juro, no meio da boate, ele fez juras de amor e eu fui pior ainda, estava amando. Aí resolvi ir ao banheiro e fui surpreendida por um gatinho q eu queria pegar fazia tempo, e não resisti. Eis que meu namorado estava bem atrás de mim, ele tinha me seguido! Gente, eu não sabia onde enfiar a minha cara, aí ele terminou nosso namoro! E eu e toda a minha cara de pau pedimos perdão e ele voltou comigo. Um dia, nada mais.
Tenho muito mais saudades, mas deu preguiça...)
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
Endireitando
Então, resolvi tomar jeito.
Descobri que é possível quando perguntei pra uma amiga minha se ela já tinha traído seu namorado de três anos, e ela me disse que não, e eu disse: Como não? E ela: Sei lá... nunca me passou na cabeça.
Agora, me diz, como alguém passa três anos com outro alguém sem nem se tocar que é possível se interessar por outra pessoa? Ou seja, ela simplesmente nunca pensou em trair.
Eu penso todo dia, porra! Que tipo de pessoa sou eu? Uma eterna filha da puta?
Nãããão!!! Eu resolvi mudar.
Resolvi mesmo. Eu não quero mais ser escrota, não quero mais mentir, não quero mais de jeito nenhum.
Eu quero ser uma esposa, quero ser uma fofa, quero ser fiel, quero não ter o rabo preso, quero não ficar tensa quando receber uma mensagem e ele pegar o celular, quero que ele confie em mim (missão impossível na atual conjuntura), quero ter um relacionamento estável, porque o meu relacionaento é tudo, menos estável, porque eu sempre faço o favor de fuder a porra toda, com um dos meus surtos! Ou pior, nem surto não, simplesmente tenho vontade de fazer alguma coisa, ele me pega praticamente no flagra e eu nego na cara de pau.
Eu sou uma escrota, sou! Mas não quero mais ser!!!!
Quanto tempo será que se recupera alguém como eu? Eu tenho que ser um poço de fofura durante quanto tempo para me redimir de cada merda?
Acho que vou ter que ser uma santa por toda a eternidade para pagar por cada declaração de amor que depois me rendia gargalhadas com um copo de cerveja na mão.
Mas calma ai né! Eu tô querendo melhorar.
É sério, de verdade. Eu tô tentando mesmo, aguentando um monte de coisas, um monte de grosserias dele e tô na boa, pq acho que tá compensando...
Sei lá.
Queria ir pra China.
Descobri que é possível quando perguntei pra uma amiga minha se ela já tinha traído seu namorado de três anos, e ela me disse que não, e eu disse: Como não? E ela: Sei lá... nunca me passou na cabeça.
Agora, me diz, como alguém passa três anos com outro alguém sem nem se tocar que é possível se interessar por outra pessoa? Ou seja, ela simplesmente nunca pensou em trair.
Eu penso todo dia, porra! Que tipo de pessoa sou eu? Uma eterna filha da puta?
Nãããão!!! Eu resolvi mudar.
Resolvi mesmo. Eu não quero mais ser escrota, não quero mais mentir, não quero mais de jeito nenhum.
Eu quero ser uma esposa, quero ser uma fofa, quero ser fiel, quero não ter o rabo preso, quero não ficar tensa quando receber uma mensagem e ele pegar o celular, quero que ele confie em mim (missão impossível na atual conjuntura), quero ter um relacionamento estável, porque o meu relacionaento é tudo, menos estável, porque eu sempre faço o favor de fuder a porra toda, com um dos meus surtos! Ou pior, nem surto não, simplesmente tenho vontade de fazer alguma coisa, ele me pega praticamente no flagra e eu nego na cara de pau.
Eu sou uma escrota, sou! Mas não quero mais ser!!!!
Quanto tempo será que se recupera alguém como eu? Eu tenho que ser um poço de fofura durante quanto tempo para me redimir de cada merda?
Acho que vou ter que ser uma santa por toda a eternidade para pagar por cada declaração de amor que depois me rendia gargalhadas com um copo de cerveja na mão.
Mas calma ai né! Eu tô querendo melhorar.
É sério, de verdade. Eu tô tentando mesmo, aguentando um monte de coisas, um monte de grosserias dele e tô na boa, pq acho que tá compensando...
Sei lá.
Queria ir pra China.
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
Para alguém, de dez anos atrás
A.,
Sinto informar, mas acho que, de alguma maneira, você estragou a minha vida.
Vamos esquecer tudo o que passamos, todo aquele amor louco que me fazia a mulher mais feliz do mundo, se sobrevivesse a toda essa vontade de viver, se tivéssemos conseguido fazer tudo juntos, se acreditássemos que podíamos vencer todos os obstáculos que aparecessem.
A culpa foi minha. E sua. Eu sei, éramos crianças, primeiro amor, não é assim que falam?
Mas foi lindo, bonito mesmo, sem maldade. Te odiei e te odeio por ter me ensinado a amar puramente, infantil e imaturamente, por amar acima de tudo e esquecer que existe maldade, traição, coisas feias nesse tal de amor.
Você me ensinou o amor da forma nua e crua, como ele veio e esqueceu de me mostrar que não existia isso, que esse amor que você inventou é pura fantasia.
Sei que você não teve culpa, mas é o maior culpado de tudo o que eu tô passando.
eu não acredito mais, sabe o que é isso? Duvido que você acredite. Você me falou há pouco tempo, quando eu te liguei bêbada e chorando, que nunca mais amaremos de novo daquela forma, porque não havia maldade. E por que existe agora?
Eu quero aquele amor, daquele jeito.
Odeio você.
Nunca mais consegui acreditar no verdadeiro, imatura e sonhado amor.
Sinto informar, mas acho que, de alguma maneira, você estragou a minha vida.
Vamos esquecer tudo o que passamos, todo aquele amor louco que me fazia a mulher mais feliz do mundo, se sobrevivesse a toda essa vontade de viver, se tivéssemos conseguido fazer tudo juntos, se acreditássemos que podíamos vencer todos os obstáculos que aparecessem.
A culpa foi minha. E sua. Eu sei, éramos crianças, primeiro amor, não é assim que falam?
Mas foi lindo, bonito mesmo, sem maldade. Te odiei e te odeio por ter me ensinado a amar puramente, infantil e imaturamente, por amar acima de tudo e esquecer que existe maldade, traição, coisas feias nesse tal de amor.
Você me ensinou o amor da forma nua e crua, como ele veio e esqueceu de me mostrar que não existia isso, que esse amor que você inventou é pura fantasia.
Sei que você não teve culpa, mas é o maior culpado de tudo o que eu tô passando.
eu não acredito mais, sabe o que é isso? Duvido que você acredite. Você me falou há pouco tempo, quando eu te liguei bêbada e chorando, que nunca mais amaremos de novo daquela forma, porque não havia maldade. E por que existe agora?
Eu quero aquele amor, daquele jeito.
Odeio você.
Nunca mais consegui acreditar no verdadeiro, imatura e sonhado amor.
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Saudade anônima
Eu tô sentindo falta dele.
Sinto mesmo. Eu o amo, juro, com todos os seus problemas, eu o amo com toda a minha alma.
Acho que é por isso que eu nunca tive coragem de fugir pra sempre, com uma mão na frente e outra atrás.
Eu nunca quis nada do que eu tenho. Ele sempre quis e eu cedi. Simples assim, todos os meus luxos existem por causa dele. Eu detesto dirigir e moraria de aluguel numa boa. Mas eu sou chique.
Por causa dele, pq na minha perna tem mais de cinco pulseiras de palha fedorentas amarradas nos tornozelos das minhas canelas roxas.
Sou moleca que só, por isso, eu queria não amar e ir fazer um trabalho voluntário na Índia. Deve ser de fuder! Às vezes eu me pergunto: Por que raios eu amo tanto esse homem?
Mas não tenho resposta. A melhor resposta quem me dá, sou eu mesma, que me derreto a cada mensagem, e acho que é mais gostoso estar com ele, do que em um safári no
Quênia....
Ai, eu queria não amar. Pelo menos por enquanto.
Sinto mesmo. Eu o amo, juro, com todos os seus problemas, eu o amo com toda a minha alma.
Acho que é por isso que eu nunca tive coragem de fugir pra sempre, com uma mão na frente e outra atrás.
Eu nunca quis nada do que eu tenho. Ele sempre quis e eu cedi. Simples assim, todos os meus luxos existem por causa dele. Eu detesto dirigir e moraria de aluguel numa boa. Mas eu sou chique.
Por causa dele, pq na minha perna tem mais de cinco pulseiras de palha fedorentas amarradas nos tornozelos das minhas canelas roxas.
Sou moleca que só, por isso, eu queria não amar e ir fazer um trabalho voluntário na Índia. Deve ser de fuder! Às vezes eu me pergunto: Por que raios eu amo tanto esse homem?
Mas não tenho resposta. A melhor resposta quem me dá, sou eu mesma, que me derreto a cada mensagem, e acho que é mais gostoso estar com ele, do que em um safári no
Quênia....
Ai, eu queria não amar. Pelo menos por enquanto.
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
Cachaça e bueiro: tudo a ver!
Enchi a cara de novo. Jurei que nunca mais iria beber, até ver um copo de cerveja na minha frente e o embrulho no estômago ir embora na hora. Acho que sou alcoólatra. Com muito orgulho, ainda.
Mas eu faço parte dos menos de 1% da população mundial de pessoas que caíram em bueiros de rua.
Caí de novo. Não sei qual é o meu problema. Caí e me estrepei. Adoro, tenho esse problema também. Morro de rir e comemoro uma nova cicatriz! Oba!!! Nem quis passar remédio para ficar bem feio.
Nem sei porque sou assim, mas adoro cicatrizes. Acho que significam boas histórias para contar. Sem exageros, claro.
Sempre quis ser mordida por tubarão ou cobra, mas uma mordidinha assim como quem não quer nada, sabe: Só uma cicatriz, imagina: "Ah, menina, nem te conto. Fui mordida por um tubarão, assim do nada, sabe, ele chegou e puf, me mordeu!" E aí eu mostraria as marcas dos dentinhos. Um arraso.
Mas caí mesmo. Da primeira vez não foi nada demais, fiquei só com a perna inteira marrom, aquilo de esgoto mesmo. A segunda vez foi brabo. Eu tinha bebido no posto, escondida do meu namorado, com um carinha super chuchu, mais um daqueles da lista. Mas se bem que esse era meio gaiato, um charme. Então fui atravessar a rua e caí, torci o pé, rompi os ligamentos e tudo mais que eu tinha direito. Um mês e meio imobilizada. Uma delícia. Não trabalhei, aprontei horrores. Isso me rendeu o apelido de Pangaré. Hoje ele me chama de Panga. Adoro. Eu o chamo de Panga tamém, porquê sou uma fofa, afinal de contas.
Mas então, bebi muito, muito mesmo, e como alcoólatra que se preze, vi que a cerveja não estava fazendo efeito e resolvi tomar cachaça. Nem sei qual era. Sei que disse que queria uma cachaça e o tal que é a bola da vez, escolheu pra mim. Ele me embebedou. E deu certinho. Enfim, não sei em que hora, fui fumar um cigarro e enfiei o pé com tudo no bueiro, me arranhei inteeeira. A perna ficou um sangue só. E aí é que entra a bola da vez na história. Meu mais novo game.
Ele me acha o máximo, o máximo mesmo. Acha que eu sou a mulher da vida dele. Tadinho, eu sou uma daquelas que ele não vai esquecer nunca, vai passar a vida inteira pensando em mim. Aí eu falo pra ele das minhas viagens, e ele, surfista e maconheiro, diz: "Queriaa muito ter curtido essa vibe com você.... Assim, sabe, fazer uma viagem, conhecer uns picos...". Eu rio. Eu também adoraria, de verdade. Daquele jeito que eu me engano. Já até cheguei a pensar: " Geeente, será que é ele? Achei? Vou viajar o mundo com meu filho amarrado em mim, e ele do meu lado, fumando um e conhecendo os picos?" Aí me vem a responsabilidade: E o dinheiro? Vou trabalhar onde? Mas ele fala francês e italiano. Aí é de matar uma né.
Assim que ele me viu morrendo de rir, completamente bêbada e aquele sangue todo, ele não soube o que fazer, aí de repente ele surge na minha frente e diz: Me dá a perna. Eu dei, e ele tava com um guardanapo e um copo com um líquido transparente. Eu achei que era uma água gelada né, mas eis que eu falo: "Não vai arder não, né?" E ele joga aquilo na minha perna, eu vou na lua e volto umas vinte vezes e falo: "Sopra! Sopra!Sopra!". Aquilo ali queimou como o quê e ele ficou lá com o guardanapo limpando. E eu disse:
- O que é isso, seu louco???
- 51.
Me apaixonei ali.
E fui trabalhar enlouquecida, e ele pediu pra me avisarem que era pra eu ligar pra ele, eu liguei e ele disse que estava apaixonadão, e acho que ele me disse duas vezes que me amava. Eu tava muito bêbada, mas tenho essa impressão. Depois achei que era meio viagem, como aquele louco falaria isso? Mas ele tava tão bêbado também, mas tããão bêbado, que de repente ele tava me amando mesmo, vai saber... E disse que tava morrendo de saudade com voz melosa e que era pra eu pensar nele no Réveillon. Cumpri direitinho o que ele pediu.
"Vamos jogar tudo por alto
e sar daqui bem felizes.
Eu não consigo esquecer você.
Eu acho que você é a
mulher da minha vida!
Eu quero o número do celular
para poder ter contato com
minha futura mulher.
Beijos, T.
Te amo."
Ele não precisa estar bêbado para dizer que me ama.
Acho que ele é pior que eu.
Olha eu, já querendo estrapolar minha cota de 2011.
Vou segurar a onda, juro.
Mas eu faço parte dos menos de 1% da população mundial de pessoas que caíram em bueiros de rua.
Caí de novo. Não sei qual é o meu problema. Caí e me estrepei. Adoro, tenho esse problema também. Morro de rir e comemoro uma nova cicatriz! Oba!!! Nem quis passar remédio para ficar bem feio.
Nem sei porque sou assim, mas adoro cicatrizes. Acho que significam boas histórias para contar. Sem exageros, claro.
Sempre quis ser mordida por tubarão ou cobra, mas uma mordidinha assim como quem não quer nada, sabe: Só uma cicatriz, imagina: "Ah, menina, nem te conto. Fui mordida por um tubarão, assim do nada, sabe, ele chegou e puf, me mordeu!" E aí eu mostraria as marcas dos dentinhos. Um arraso.
Mas caí mesmo. Da primeira vez não foi nada demais, fiquei só com a perna inteira marrom, aquilo de esgoto mesmo. A segunda vez foi brabo. Eu tinha bebido no posto, escondida do meu namorado, com um carinha super chuchu, mais um daqueles da lista. Mas se bem que esse era meio gaiato, um charme. Então fui atravessar a rua e caí, torci o pé, rompi os ligamentos e tudo mais que eu tinha direito. Um mês e meio imobilizada. Uma delícia. Não trabalhei, aprontei horrores. Isso me rendeu o apelido de Pangaré. Hoje ele me chama de Panga. Adoro. Eu o chamo de Panga tamém, porquê sou uma fofa, afinal de contas.
Mas então, bebi muito, muito mesmo, e como alcoólatra que se preze, vi que a cerveja não estava fazendo efeito e resolvi tomar cachaça. Nem sei qual era. Sei que disse que queria uma cachaça e o tal que é a bola da vez, escolheu pra mim. Ele me embebedou. E deu certinho. Enfim, não sei em que hora, fui fumar um cigarro e enfiei o pé com tudo no bueiro, me arranhei inteeeira. A perna ficou um sangue só. E aí é que entra a bola da vez na história. Meu mais novo game.
Ele me acha o máximo, o máximo mesmo. Acha que eu sou a mulher da vida dele. Tadinho, eu sou uma daquelas que ele não vai esquecer nunca, vai passar a vida inteira pensando em mim. Aí eu falo pra ele das minhas viagens, e ele, surfista e maconheiro, diz: "Queriaa muito ter curtido essa vibe com você.... Assim, sabe, fazer uma viagem, conhecer uns picos...". Eu rio. Eu também adoraria, de verdade. Daquele jeito que eu me engano. Já até cheguei a pensar: " Geeente, será que é ele? Achei? Vou viajar o mundo com meu filho amarrado em mim, e ele do meu lado, fumando um e conhecendo os picos?" Aí me vem a responsabilidade: E o dinheiro? Vou trabalhar onde? Mas ele fala francês e italiano. Aí é de matar uma né.
Assim que ele me viu morrendo de rir, completamente bêbada e aquele sangue todo, ele não soube o que fazer, aí de repente ele surge na minha frente e diz: Me dá a perna. Eu dei, e ele tava com um guardanapo e um copo com um líquido transparente. Eu achei que era uma água gelada né, mas eis que eu falo: "Não vai arder não, né?" E ele joga aquilo na minha perna, eu vou na lua e volto umas vinte vezes e falo: "Sopra! Sopra!Sopra!". Aquilo ali queimou como o quê e ele ficou lá com o guardanapo limpando. E eu disse:
- O que é isso, seu louco???
- 51.
Me apaixonei ali.
E fui trabalhar enlouquecida, e ele pediu pra me avisarem que era pra eu ligar pra ele, eu liguei e ele disse que estava apaixonadão, e acho que ele me disse duas vezes que me amava. Eu tava muito bêbada, mas tenho essa impressão. Depois achei que era meio viagem, como aquele louco falaria isso? Mas ele tava tão bêbado também, mas tããão bêbado, que de repente ele tava me amando mesmo, vai saber... E disse que tava morrendo de saudade com voz melosa e que era pra eu pensar nele no Réveillon. Cumpri direitinho o que ele pediu.
"Vamos jogar tudo por alto
e sar daqui bem felizes.
Eu não consigo esquecer você.
Eu acho que você é a
mulher da minha vida!
Eu quero o número do celular
para poder ter contato com
minha futura mulher.
Beijos, T.
Te amo."
Ele não precisa estar bêbado para dizer que me ama.
Acho que ele é pior que eu.
Olha eu, já querendo estrapolar minha cota de 2011.
Vou segurar a onda, juro.
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