sábado, 3 de setembro de 2016

O baile de máscara e hoje em dia...

Ja tinham falado de você. Eu mesma nem notei, notei mesmo naquele grupo que chegou dançando de máscara. Mas notei no começo só, achei legal o jeito que chegaram e formou uma roda em volta.
Já tava no meio da festa quando fui pegar mais uma cerveja, não foi?
- Ainda não te vi sem máscara.
"Ainda não te vi. Ponto." Pensei. Mas pensei antes de olhar pra cima e ver aquele par de olhos meio azuis meio verdes.
-Ahn?
-Não te vi sem máscara...
Eu ri sem jeito. Mas pensar, eu pensei com muito jeito: "Ô meu filho, não fala assim comigo não porque eu me apaixonao fácil."
Saí de perto. Um homem, que se eu pedisse pra Deus pra me enviar seria exatamente daquele jeito, vindo falar comigo assim, no mundo real, era demais.
-Você de novo na fila da cerveja?
"Você de novo me testando, meu filho? Uma vez até vai, mas de novo?"
- Agora viu. - E tirei a máscara.
Conversamos um pouco. Já falei do sorriso dele? Era o mais lindo que eu já vi.
Saí de perto de novo. Deus tava me sacaneando, só podia ser.
Insistente. Ficou perto o tempo todo, conversando, puxando assunto, indo falar comigo sem nenhuma cerimônia. E eu já tava pensando: "Que se foda!" E conversei, fingindo que não estava desconfiando daquela criatura de sorriso perfeito, simpatia encantadora e os olhos mais românticos que eu já vi.
E uma aliança na mão esquerda. Percebi no primeiro minuto, mas se tratando de uma puta sacanagem do destino, não dei bola.
-Dança comigo?
Eu já tava toda enrolada naquele jeitinho lindo e dancei. Dancei de fechar os olhos, de esquecer que tinha gente em volta.
- Vou embora...
- Te levo no quarto.
E fomos. Ele me deu o braço e eu andei com ele até metade do caminho, em que parei pra tirar o sapato. Mesmo assim, ele me deu o braço de novo e fomos.
-Posso te acompanhar até a porta do seu quarto?
- Se você não tivesse com essa aliança enorme no dedo, eu deixaria...
-Depois dessa, só me resta te dar um beijo de boa noite.
Me deu um beijo na bochecha e eu o abracei. O abracei quase desejando que ele não saísse mais dali.
No dia seguinte era o dia de ir embora. Congresso da empresa ou quase isso. Dois dias.
Acordei ainda atordoada com tanta beleza e carinho de um desconhecido de sorriso perfeito.
E quando eu menos espero, alguém vai até a mesa em que eu estava e deseja bom dia para o grupo.
De tão nervosa que eu tava, só consegui parar de mastigar e ficar olhando fixo pra lugar nenhum.
Voltei pra minha cidade e ele pra dele, bem distante, o que era o trunfo perfeito para nunca ir pra frente.
Dois meses se passaram, e como boa empresa que se preze, tive que ir para um treinamento em SP e,
olha que coisa, ele foi pra outro, na mesma semana, no mesmo lugar, a matriz da empresa.
Jurei me controlar e fingir que não estava contando os segundos pra dar de cara com ele.
Foram dois meses olhando o nome dele na lista dos emails, fuxicando o facebook e me perguntando o porquê daquela criatura ter aparecido na minha frente.
Foi logo no primeiro dia. Dei de cara com ele de manhã e tentei falar com todo mundo antes de não ter mais opção. Dei um abraço rápido, e perguntei sem querer resposta: "tudo bom?". E sentei.
Tava na dúvida se ele lembrava de mim, se sabia meu nome, se alguma vez lembrou da minha existênca depois daquele fatídico baile de máscaras.
Bom, acho que não preciso dizer que não consegui me concentrar em treinamento nenhum.
E então, mais tarde, encontrei com ele e mais todos da empresa em um bar ao lado do hotel e por coincidência ou sacanagem do destino, não sei, acabei passando a noite inteira  me enchendo de cervejas e conversas com aquele sorriso perfeito. Eu nunca temi um diálogo com ele que poderia me
desconcertar, porque eu realmente achei que não tivesse qualquer possibilidade de diálogo,
 pra  começar, e muito menos dois meses depois. E pior, se eu tivesse pensando que poderia vir a conversar com ele de novo, eu teria ensaiado toda uma conversa, treinado bastante pra não deixar a sinceridade tomar conta de mim.
Mas aí fodeu tudo. Ele veio me falar tudo o que eu jamais pensei: "Não parei de pensar em você."
Tava completamente fora do script. Fiquei bamba.
- Como assim?
- Não parei de pensar em você, você mexeu comigo.
- Você tá louco? A gente se viu uma vez só.
- Duas. Eu fui falar com você no café da manhã e você nem me olhou... De blusa rosa e saia preta.
- Mas calma aí.... Não tô entendendo nada.
- Eu também não tô entendendo... Eu sabia que te veria aqui, pensei em você esses últimos meses, não sei o que aconteceu comigo, você mexeu comigo.
Que merda, né? Que destino escroto do cacete. Que cupido enrolado!!!
Me aparece um cara lindo de morrer, que eu já disse, se pudesse desenhar, meu desenho não sairia tão gracinha como ele. E casado. Ca-sa-do.
Moral da história: contei pra ele desde eu ter ficado tão nervosa naquele café da manhã, até ter sonhado com ele algumas vezes durante os últimos dois meses.
E foi um caos a minha noite. Aquele menino dos meus sonhos falando milhares de coisas fofas pra mim, fazendo eu me sentir a mulher mais linda e maravilhosa do mundo e rindo de mim por eu ter esquecido meu cartão no hotel, ter quebrado a tela do celular e ter procurado minha identidade em baixo de todas as mesas achando que eu tinha perdido.  Saldo da noite: troca de whatsapp e mensagem antes de dormir.
Saldo do dia seguinte: mensagens durante o dia e troca de olhares.A matemática era simples: ele era a coisa mais linda do mundo, eu a mais idiota. Ele me falou meia dúzia de coisas, eu acreditei em tudo e pronto. Me fudi.
Foi uma noite que rendeu mensagens no dia seguinte, do tipo: "não conseguia ficar longe de ti, queria te cuidar." Já falei do sotaque? Já faleeeeeeei do sotaque????? Nem vou falar, senão eu ficaria aqui
até amanhã....
No dia seguinte teve mais treinamento e todo foram embora a noite. Menos eu. E ele. Mas aquele mesmo destino, escroto que só, resolveu agir de camaradagem e colocou meu amigo grudado em mim a noite unteira sem me dar nenhuma chance de fazer merda. E num bar longe. Em que ele viu um foto que eu postei, dizendo que Localização era  la, e ele foi la "comprar um refrigerante."
Ele era muito sagaz.
Bom, eu consegui não encontarr com ele durante essa noite, mas as mensagens... As mensagens foram as mais lindas de todas. Talvez, melhor do que se tivesse encontrado... Ou não ne?! Pois bem...foi a note inteira com mensagens que diziam o quanto ele queria me ver e eu, obviamente, jamais fiquei por trás. Respondi tudo à altura. Ele era lindo demais, tinha me deixado mais encantada do que nunca e eu não conseguia oensar em outra coisa além daqueles olhos azuis me olhando. Naquela noite, como nao podia deixar de ser, sonhei com ele. Sonhei que ele me mandava um bom dia de manhã. E pensei: "garota boba... Para de fantasiar tanto!" Preciso dizer que acordei com um "bom dia" mais lindo desse mundo? E entao ele fvoltou pro sul, eu voltei pro sudeste e cada um pra sua realidade beeeem distante de tudo o que tínhamos vivido. Mas e a cabeça? E o coracao? Bobo do jeito que é, como faz? Nunca mais foi o mesmo depois daquele "pensei em você". Eu juro, ele era a coisa mais linda do mundo falando isso, ele ria tímido com aquele sorriso perfeito e os olhos azuis. E durante os meses que se seguiram, mais precisamente, dois meses, fram mensagens e mensagens de , acreditem, ciúme! Ele tinha ciume de um amigo meu, e eu nem sabia que dava pra existir esse sentimento entre duas pessoas que tinham acabado de se apaixonar, quer dizer, se conhecer. E ele tinha. Relembrou o primeiro dis que nos conhecemos e jura que meu amigo falou algo no meu ouvido... Imagine! Eu nao sabia enm meu nome naquela festa depois que ele falou comiga, nunca ia lembrar o que meu amigo me falou no ouvido.... E ele era lindo demais com ciume. Serio, a gente "brigou" por um dia por conta disso. Ate que eu acordei com uma mensagem dizendo que eu era muito mais linda sorrindo, pra eu não ficar "braba". Já falei do sotaque, né? como disse, foram dois meses de mensagens e contagem regressiva pra janeiro. Janeiro chegou. Eu o encontrei no primeiro dia, no bar perto do hotel, sentei na mesa, com várias pessoas e conversamos por tabela só, sem muito
contato, o que me deixou beeeem chateada com a cara dele. Pô! Dois meses nos declarando e quando
se encontra é um "oi" com um sorriso sem graça e pronto? Fui embora do bar. Mensagens e mensagens e mensagens e mensagens sem fim tentando arranjar um meio de se encontrar. Ele tinha muito medo e eu, muita raiva do medo dele depois de tanta vontade. Foi no segundo dia. Conseguimos arrumar um jeito de se encontrar. Foi muito pior (melhor) do que eu imaginei. Eu não me aguentei! Perguntei uma, duas, binte vezes se ele pensava em mim tanto quanto eu pensava nele. Ele disse que sim, que pensava muto em mim. Quando? Como? "É óbvio que eu penso em você e é claro que todos os dias, mas eu nãão gosto de falar disso" eu perguntei duzentas vezes aquela noite, e ele me respondeu aue não gostava de falar daquilo, que pensava em mim todos os dias, que.... Pensou em fazer uma loucura! Depois disso, eu não perguntei mais nada. Passa,os uma noite linda. Quando eu olhei pra ele, eu quase gritei: Agora fala comigo como se ainda naão tivesse me visto aquiiiii!! E pulei em cima dele, e essa vez que valeu o nosso reencontro, e não um sorriso discreto com um "oi" pequeno.
Foi lindo. Voltei pro Rio com mensagnes lindas, delicadas e tão românticas que nem sei....
Passaram-se 4 meses.... Comecei a namorar.
So pensava em como falar com ele, pra ele.... Me sentia quase cometendo um crime! Foi quando ele me mandou uma mensaggem e eu contei. Ele me respondeu dizendo wue sabia que isso um dia ia acontecer, e que eu era pra ele como uma paixão platônica. Eu fui mais a fundo, disse que sempre o chamei de meu amor platônico. E ele é.













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